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Só no campo do ridículo a oposição oficial enfrenta o governo de igual para igual

Infiltrada numa das três frases reservadas à decomposição moral do país, a palavra corrupção apareceu uma única vez entre as 3.612 proferidas por Dilma Rousseff no discurso de posse. “Serei rígida na defesa do interesse público”, começou a presidente. “Não haverá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito”, prosseguiu. “A corrupção será combatida […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 11h49 - Publicado em 31 Maio 2011, 07h54
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  • Infiltrada numa das três frases reservadas à decomposição moral do país, a palavra corrupção apareceu uma única vez entre as 3.612 proferidas por Dilma Rousseff no discurso de posse. “Serei rígida na defesa do interesse público”, começou a presidente. “Não haverá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito”, prosseguiu. “A corrupção será combatida permanentemente, e os órgãos de controle e investigação terão todo o meu respaldo para atuarem com firmeza e autonomia”, encerrou.

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    Quatro  meses antes da posse, Dilma fizera o possível para livrar do camburão a primeira amiga Erenice Guerra, que transformou a Casa Civil na base de operações da quadrilha formada por parentes e agregados. As acusações não passavam de invencionices da oposição, disse mais de uma vez a candidata em campanha. Cinco meses depois da posse, Dilma faz o possível para impedir a apuração do milagre da multiplicação do patrimônio de Antonio Palocci. A mando de Lula, que retomou a lengalenga, a presidente anda repetindo que também as acusações ao ministro não passam de invencionices da oposição.

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    Neste fim de semana, todos os líderes do PSDB se juntaram em Brasília para tratar do futuro do partido. Não poderia haver ocasião mais oportuna para a vigorosa contra-ofensiva. Numa ação bem concatenada, os chefes tucanos tratariam de evocar o falatório da posse, protestar contra a obstrução das investigações sobre os crimes cometidos pelo bando de Erenice, exigir que o misterioso enriquecimento de Palocci seja prontamente esclarecido e mostrar ao país que, como no escândalo da mensalão, o governo sempre atribui aos adversários incêndios provocados pelo fogo amigo. Também seria pertinente perguntar a Dilma se e quando pedirá de volta atribuições sumariamente confiscadas por Lula, que baixou em Brasília para inaugurar no fim de maio um terceiro mandato.

    Não sobrou tempo para isso. A oposição oficial tinha mais o que fazer. Tinha, sobretudo, outra guerra da secessão a travar, agora pela conquista da presidência do Instituto Teotônio Vilela. Metade do partido queria José Serra no cargo. Prevaleceu a outra, favorável à candidatura de Tasso Jereissati. Serra ganhou como prêmio de consolação a presidência de um conselho de sábios.

    Pelo menos no campo do ridículo, a oposição oficial enfrenta o governo de igual para igual.

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