Se a votação fosse hoje, pelo menos seis ministros do Supremo Tribunal Federal rejeitariam os embargos infringentes
ATUALIZADO ÀS 14H25 A loquacidade das novas gerações de magistrados completou o serviço iniciado pela ultrassonografia e ampliado por institutos de pesquisa confiáveis. Já faz tempo que é possível saber com razoável antecedência o que há em barriga de grávida e urna eleitoral. Agora também deixou de ser complicado descobrir o que há em cabeça […]
ATUALIZADO ÀS 14H25
A loquacidade das novas gerações de magistrados completou o serviço iniciado pela ultrassonografia e ampliado por institutos de pesquisa confiáveis. Já faz tempo que é possível saber com razoável antecedência o que há em barriga de grávida e urna eleitoral. Agora também deixou de ser complicado descobrir o que há em cabeça de juiz.
Habituado a lidar com informações sigilosas, o general Golbery do Couto e Silva ensinou que “segredo só guarda quem não sabe”. Mesmo que a revelação seja repassada apenas a um grande amigo? “Todo grande amigo tem um grande amigo”, constatou Golbery, explicando de que forma acabam se tornando públicas informações aparentemente inacessíveis.
Como também os integrantes do Supremo Tribunal Federal contam o que pretendem fazer a algum grande amigo, que repassa o que ouviu a um grande amigo, é possível afirmar que, se a votação ocorresse neste momento, pelo menos seis ministros rejeitariam os embargos infringentes. A bancada dos que consideram tais recursos descabidos.
É improvável que algum ministro mude de ideia nas próximas horas (ou mesmo nos próximos dias). Caso isso ocorra, a coluna se compromete a identificar o convertido, ou os convertidos. E revelar os motivos da conversão.