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Os 18 do Senado se livraram da lata de lixo da História reservada ao bando vitorioso

Tanto a Câmara quanto o Senado ofereceram ao país que presta, nesta sexta-feira, uma notícia boa e outra má. Depois de dois anos na presidência, o companheiro gaúcho Marco Maia voltou ao baixo clero e ao convívio com a multidão de nulidades condenadas à obscuridade. É a boa notícia. A má: o novo gerente do […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 06h56 - Publicado em 2 fev 2013, 04h21

Tanto a Câmara quanto o Senado ofereceram ao país que presta, nesta sexta-feira, uma notícia boa e outra má. Depois de dois anos na presidência, o companheiro gaúcho Marco Maia voltou ao baixo clero e ao convívio com a multidão de nulidades condenadas à obscuridade. É a boa notícia. A má: o novo gerente do Feirão da Bandidagem é Henrique Alves, que tentou livrar-se do último escândalo em que se meteu com a demissão do bode Galeguinho. É bom saber que o senador José Sarney acabou de deixar o comando da Casa do Espanto. Ruim é saber que o sucessor é Renan Calheiros.

Como registra o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o Congresso mudou para que tudo fique igual: sairam dois casos de polícia, entraram dois prontuários de dimensões amazônicas. Todos estão lá por decisão de milhões de eleitores que votam como se estivessem escolhendo sócios do clube dos cafajestes. O bando que controla o Poder Legislativo faz o que quer por confiar na mansidão bovina do grande rebanho. Enquanto os brasileiros elegerem os sarneys, renans, maias ou alves, não haverá perigo de melhorar.

Políticos são todos iguais, recitam os omissos profissionais, os cansados de nascença ou os que simulam ceticismo para manter em segredo o voto em figuras abjetas. Não são iguais. Os 11 senadores que há dois anos se recusaram a engolir José Sarney são muito diferentes dos que se ajoelharam diante de Madre Superiora. Além de reiterar tal diferença, a eleição desta sexta-feira comprovou o crescimento da bancada dos acreditam que a atividade política não é incompatível com a honradez. Pedro Taques não é igual a Renan Calheiros. Os 18 senadores que apoiaram o senador do PDT de Mato Grosso  são diferentes dos que devolveram à presidência o alagoano apeado do cargo há cinco anos por ter feito sem a devida cautela o que continua fazendo com mais cuidado.

No discurso em que justificou a candidatura sem chances de vitória, Pedro Taques evocou a lição extraída por Darcy Ribeiro dos fracassos que acumulou. Ele tentou e não conseguiu, por exemplo, fazer uma universidade séria.  Nem por isso sucumbiu à amargura. E jamais capitulou. “Os fracassos são minhas vitórias”, ensinou Darcy Ribeiro e repetiu o candidato do Brasil decente. “Eu detestaria estar no lugar de quem venceu.” A resistência democrática tem de decorar a mensagem e entender que não tem o direito de render-se.

Dos 78 presentes, 56 senadores ignoraram o  recado do candidato do Brasil decente. Coisa de otário, conversa de noviço, devem ter achado. As imagens de Renan Calheiros confraternizando com seus eleitores gritam que o cangaceiro governista seus eleitores se merecem. Não importa quanto tempo demore, acabarão juntos para sempre na mesma lata de lixo da História. Desse destino escaparam os 18 do Senado.

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