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Mensagem de Dilma para FHC prova que a oposição oficial sabe perder como ninguém

Na campanha de 2002, o candidato apoiado pelo governo, José Serra, avisou que não queria discutir o passado, garantiu que nada teve a ver com a privatização de empresas estatais e fez de conta que conhecia só de vista o presidente Fernando Henrique Cardoso. Na campanha de 2006, o candidato da oposição, Geraldo Alckmin, avisou […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 11h39 - Publicado em 13 jun 2011, 15h06
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  • Na campanha de 2002, o candidato apoiado pelo governo, José Serra, avisou que não queria discutir o passado, garantiu que nada teve a ver com a privatização de empresas estatais e fez de conta que conhecia só de vista o presidente Fernando Henrique Cardoso.

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    Na campanha de 2006, o candidato da oposição, Geraldo Alckmin, avisou que queria discutir apenas o futuro, garantiu que passaria nas armas quem ousasse privatizar a Petrobras e, para mostrar que não estava brincando, apareceu no segundo turno exibindo no peito o logotipo da empresa.

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    Na campanha de 2010, o candidato da oposição, José Serra de novo, avisou que não queria discutir o passado, acusou a adversária de apreciar  privatizações, manteve FHC fora do horário eleitoral e derramou-se em afagos ao presidente Lula. Já em maio, por exemplo, numa entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco, replicou à pergunta do locutor Geraldo Freire com uma proposta: “Vamos fazer o seguinte? Lula está acima do bem e do mal, não comparo Lula com nada”. Jornalistas quiseram saber se fora irônico. De jeito nenhum, esclareceu o entrevistado: “É uma imagem. Hoje ele está acima do bem e do mal, exatamente”.

    Nesta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff cumprimentou FHC pelo aniversário com a seguinte mensagem:

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    “Em seus 80 anos há muitas características do senhor Fernando Henrique Cardoso a homenagear. O acadêmico inovador, o político habilidoso, o ministro-arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação e o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica. Mas quero aqui destacar também o democrata. O espírito do jovem que lutou pelos seus ideais, que perduram até os dias de hoje. Esse espírito, no homem público, traduziu-se na crença do diálogo como força motriz da política e foi essencial para a consolidação da democracia brasileira em seus oito anos de mandato. Fernando Henrique foi o primeiro presidente eleito desde Juscelino Kubitschek a dar posse a um sucessor oposicionista igualmente eleito. Não escondo que nos últimos anos tivemos e mantemos opiniões diferentes, mas, justamente por isso, maior é minha admiração por sua abertura ao confronto franco e respeitoso de ideias. Querido presidente, meus parabéns e um afetuoso abraço!”

    Na mensagem de 150 palavras, as referências elogiosas a Fernando Henrique Cardoso superam amplamente a soma das feitas nos últimos oito anos por Serra e Alckmin. Das oito frases, uma registra as divergências que separam a remetente e o destinatário. As sete restantes fazem constatações deliberadamente omitidas pelos dois candidatos do PSDB à presidência. Não ocorreu a nenhum deles, por exemplo, lembrar ao país que FHC foi “o ministro-arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação e o presidente que contribuiu decisivamente para a estabilidade econômica”. Nem isso.

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    Depois da leitura da mensagem de Dilma, tanto os candidatos quanto os marqueteiros das campanhas eleitorais da oposição deveriam sentar-se na sarjeta e chorar lágrimas de esguicho. É incontestável que Lula e Dilma ganharam as eleições. Mas está mais claro que nunca que os adversários fizeram o possível para perdê-las. Souberam como ninguém planejar a própria derrota.

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