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“Me engana que eu gosto” e outras notas de Carlos Brickmann

Lula não será candidato, e disso o próprio PT sabe, tanto que colocou Haddad de vice sabendo que ele deve sair para presidente

Por Carlos Brickmann
Atualizado em 30 jul 2020, 20h21 - Publicado em 19 ago 2018, 07h04
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  • Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

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    A informação é dos advogados de Lula, ao registrar sua candidatura à Presidência, no dia 15: seus bens declarados somam R$ 7.987.921,57.

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    A informação é dos advogados de Lula, em 15 de maio, ao mencionar a quantia congelada cujo desbloqueio imediato solicitavam: R$ 16 milhões.

    Claro que esses valores não envolvem o apartamento em Guarujá que não é dele, nem o sítio de Atibaia que não é dele. Mas a dúvida é outra: em que data a defesa de Lula usou o dado certo, do desbloqueio ou do registro?

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    Mas, para seu eleitor, tudo bem: se Lula entra nas pesquisas, lidera com 31% contra 20% de Bolsonaro. A pesquisa, primeira após o registro dos candidatos, foi feita para a XP Análise Política, ligada à XP Investimentos.

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    Só que Lula não será candidato ─ disso o próprio PT sabe, tanto que colocou Haddad de vice sabendo que ele deve sair para presidente no lugar de Lula, e deixou Manuela d’Ávila, do PCdoB, de fora, sabendo que ela deve ser vice. Sem Lula, Bolsonaro lidera com 23%; Marina é a segunda, com 11%. Depois vêm Alckmin (9%), Ciro (8%) e Haddad (7%). Quando contam ao bem informado eleitor que Haddad é o candidato de Lula, ele passa para 15%. Mas a maioria dos eleitores, 56%, acredita que Lula não será candidato (já 40% acham que ele poderá concorrer). Os eleitores de Haddad são os mais ansiosos para trocar de candidato: 75% acreditam que terão a oportunidade de votar no Lula original e escapar do Lula-fake.

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    Fica fora

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    Metade dos eleitores acha que Lula, condenado em segunda instância e preso, deveria ser proibido de concorrer. E 44% são favoráveis a que ele concorra, apesar da expressa proibição da Lei da Ficha Limpa. Por incrível que pareça, têm a mesma posição de Eduardo Cunha, deputado federal que perdeu o mandato e os direitos políticos e está também preso em Curitiba: declarou que Lula deveria poder concorrer (o que, claro, seria usado pelos  advogados de Cunha para pedir que fosse liberado, por equidade).

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    A hora das pesquisas

    O Ibope divulga amanhã, segunda-feira, sua primeira pesquisa após o registro. O Datafolha já registrou sua pesquisa no TSE. A campanha começa a esquentar, mas uma definição só virá depois do início da TV.

     

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    Errar é humano

    Engano parecido com o da equipe de Lula ocorreu na declaração de bens da presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, que se candidata a deputada. No caso, o valor de seus bens declarados em 2014 foi diluído pela falta de zeros. Gleisi informa que seu patrimônio total é de R$ 34 mil, incluindo um apartamento de R$ 111,00 e outro de R$ 24.550,00. Um deles, de acordo com a declaração antiga, é avaliado em R$ 1.110.113,16; o outro é de R$ 245.000,00. Errar é humano. E, quando isso contribui para que o patrimônio pareça pequeno, pode até servir para atrair mais votos.

     

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    Os mais ricos

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    De acordo com a declaração de bens de cada um, o candidato mais rico é o engenheiro (e ex-executivo de bancos) João Amoêdo, do Partido Novo. Seus bens somam R$ 425.066.485,46. O segundo é o engenheiro (e ex-executivo de bancos) Henrique Meirelles, do MDB, até recentemente ministro da Fazenda do presidente Michel Temer. Patrimônio declarado de Henrique Meirelles: R$ 377.496.700,70. Curiosidade: os vices dos dois candidatos mais ricos estão longe de ser pobres, mas seu patrimônio é de cerca de 1% do valor dos bens dos cabeças de chapa.

     

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    Os do meio

    Seguem-se os outros candidatos, pela ordem de bens declarados: o terceiro mais rico é o escritor João Goulart Filho (PPL), filho do ex-presidente João Goulart, com R$ 8.591.035,79; Lula (PT), que aponta como ocupação “torneiro mecânico”, é o quarto candidato mais rico, com R$ 7.987.921,57 – ver na nota Me engana que eu gosto os números de declaração anterior, pela qual seria o terceiro mais rico; quinto, Eymael (DC), empresário, com R$ 6.135.114,71; sexto, Álvaro Dias (Podemos), R$ 2.889.933,32; sétimo, Jair Bolsonaro (PSL), que apresenta como ocupação declarada “membro das Forças Armadas”, com R$ 2.286.779,48; oitavo, Geraldo Alckmin (PSDB), que se apresenta como médico, com R$ 1.379.131,70; Ciro Gomes (PDT), advogado, R$ 1.695.203,15, é o nono; décimo, Marina Silva (Rede), historiadora, R$ 118.835,13.

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    Os mais pobres

    A décima-primeira é Vera Lúcia (PSTU), ocupação declarada “outros”,  R$ 20.000,00; décimo-segundo, Guilherme Boulos (PSOL), historiador,  R$ 15.416,00; décimo-terceiro, deputado Cabo Daciolo (Patriota), nada.

     

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    Nada a ver

    O patrimônio declarado de cada candidato nada tem a ver com posição nas pesquisas. Se tivesse, Meirelles e Amoêdo estariam ambos no páreo.

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