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Imagens em Movimento: Uma poesia visual

SYLVIO DO AMARAL ROCHA A moldura que forma o quadro restringe o movimento da bailarina. Mas a liberdade, que assusta a muitos, é para ela crucial. Suas ações a transformam num pássaro no momento que o vídeo vira poesia. The Me Bird é uma livre interpretação do poema homônimo (El Pájaro Yo) de Pablo Neruda.

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 05h09 - Publicado em 20 out 2013, 15h46

The-Me-Bird-Animation

SYLVIO DO AMARAL ROCHA

A moldura que forma o quadro restringe o movimento da bailarina. Mas a liberdade, que assusta a muitos, é para ela crucial. Suas ações a transformam num pássaro no momento que o vídeo vira poesia. The Me Bird é uma livre interpretação do poema homônimo (El Pájaro Yo) de Pablo Neruda.

Misturando diversas técnicas de animação – com predomínio da strata stencil, que acrescenta novas camadas de imagem sem eliminar as anteriores –, o estúdio 18bis criou esta poesia visual. No vídeo, o passado está sempre presente. A simplicidade dos movimentos e das ideias dá a esses dois minutos uma cadência poderosa.

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Qual o preço da liberdade? A pergunta milenar encontra aqui uma resposta singela: vale uma vida – e um poema vale um filme. Talvez Neruda não autorizasse a livre adaptação de seu texto, mas o vídeo é belo. Pode fazer valer a semana.

[vimeo 60763684 w=480 h=295]

O Pássaro Eu

Pablo Neruda 

Chamo-me pássaro Pablo,
ave de uma pena só,
voador na escuridão clara
e claridade confusa,
minhas asas não são vistas,
os ouvidos me retumbam
quando passo entre as árvores
ou por debaixo das tumbas
qual funesto guarda-chuva
ou como espada desnuda,
estirado como um arco
ou redondo como uma uva,
voo e voo sem saber,
ferido na noite escura,
aqueles que vão me esperar,
os que não querem meu canto,
os que me querem ver morto,
os que não sabem que chego
e não virão para vencer-me,
a sangrar-me, a retorcer-me
ou beijar minha roupa rota
pelo sibilante vento.
Por isso eu volto e vou,
voo mas não voo, mas canto:
pássaro furioso sou
da tempestade tranquila.

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