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Editorial do Estadão: O pífio legado da Copa

No momento, existem 22 empreendimentos com obras iniciadas, mas a maioria está parada

Por Branca Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 22h18 - Publicado em 11 jul 2016, 17h05
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    A Copa do Mundo de 2014 deixará uma grande herança ao País, anunciou o governo federal quando trouxe o espetáculo para o Brasil, prometendo a realização de importantes obras de mobilidade urbana em várias cidades. A promessa, no entanto, não se tornou realidade. Dois anos depois da realização do torneio, boa parte das propostas continua no papel. Segundo dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apenas 18% dos 125 projetos de mobilidade urbana relacionados à Copa do Mundo estão em operação.

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    No momento, existem 22 empreendimentos com obras iniciadas, mas a maioria está parada. Variadas, as causas para a ineficiência vão de erros de projeto a falta de recursos.

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    Como alternativa à construção do metrô – mais cara e demorada –, vários dos projetos de mobilidade urbana previram a construção de BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) e de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Mesmo esses projetos mais simples não foram finalizados.

    As obras do VLT de Cuiabá (MT) estão paradas desde dezembro de 2014 por divergências entre o Estado e o consórcio construtor. O grupo pede R$ 1,3 bilhão para concluir o projeto, que já recebeu até o momento desembolsos de R$ 1,06 bilhão. Segundo o governo estadual, auditoria feita pela KPMG indicou necessidade de aporte de R$ 602 milhões. A disputa foi parar na Justiça. Diante do impasse, chegou-se a cogitar a troca da modalidade de transporte, de VLT para BRT, mas – segundo o secretário de Cidades do Estado, Eduardo Chiletto – a possibilidade foi descartada por causa das obras já executadas.

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    Já o BRT de Belém (PA) teve de ser readequado pela administração atual por causa de erros no projeto, elaborado durante a gestão anterior. Segundo a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém, o desenho original não previa área para ultrapassagem dos ônibus. Já as estações, incompatíveis com o clima da cidade, tiveram de ser devolvidas. Os erros levaram ao cancelamento das licitações e à elaboração de novos contratos, atrasando a liberação de recursos e a retomada das obras. O início de operação experimental está previsto para a primeira quinzena de julho.

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    Em outras cidades, a falta de dinheiro fez com que o projeto de BRT fosse substituído por um simples corredor de ônibus. “Estão levando muito tempo para uma obra simples e que, depois de pronta, não atende às necessidades da população”, diz Halan Moreira, vice-presidente da Brasell Gestão Empresarial, empresa do setor de mobilidade.

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    Muitas vezes, a falta de recursos para os projetos é sintoma também de mau planejamento. Por exemplo, o governo federal pôs à disposição R$ 150 bilhões para a mobilidade urbana, mas não foi prevista a parcela de recursos dos Estados e municípios, muitos deles sem capacidade para investir. Houve empreendimentos que não foram adiante por falta de verbas para as desapropriações, que deveriam sair dos cofres municipais em valores quase iguais aos do próprio projeto.

    A ineficiência também afetou os projetos de monotrilho, mais complexos e mais caros. Segundo o último balanço do PAC, havia cinco projetos dessa modalidade no País. Por enquanto, apenas a Linha 15 de São Paulo, que liga duas estações num trecho de 3 km, está em operação. A Linha 17, que ligará o Aeroporto de Congonhas ao Morumbi, estava com as obras paradas até pouco tempo atrás. Os outros empreendimentos continuam parados.

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    Em 2010, Lula havia prometido que “a Copa será uma grande oportunidade para acelerar o crescimento em infraestrutura necessário para o Mundial e fundamental para o desenvolvimento do nosso Brasil”. Posteriormente, a pupila Dilma Rousseff repetiu várias vezes semelhante falácia. O resultado está aí e bem reflete os anos de PT no poder – um discurso nacionalista embalando ineficiência e corrupção.

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