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“A força da Lava Jato” e outras sete notas de Carlos Brickmann

Um ministro do Supremo tem amplos poderes. Vai beneficiar puxa-sacos ou pensar em sua biografia?

Por Augusto Nunes Atualizado em 25 jan 2017, 21h43 - Publicado em 25 jan 2017, 21h43
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  • Publicado na coluna de Carlos Brickmann

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    Sem ilusões: todos os interessados em substituir o ministro Teori Zavascki (e todos os que fazem força por eles) têm amigos ameaçados pela Lava Jato. O ministro que o substituirá sabe que é sua a oportunidade única de fazer bons favores a bons amigos (bons amigos? Quem faz um favor ganha um amigo e cria dezenas de ingratos). Mas sabe também que achou a oportunidade única de cumprir seu dever e ganhar um lugar na História. E será bem recompensado por fazer o que deve: um ministro do Supremo tem o maior salário do funcionalismo público, é inamovível, indemissível, tem amplos poderes, e no caso estará o tempo todo sob os holofotes favoráveis da imprensa. Vai beneficiar puxa-sacos ou pensar em sua biografia?

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    Um caso negativo marca a História do Brasil. Quando o ditador Getúlio Vargas foi deposto, no final de 1945, o presidente do Supremo José Linhares assumiu a Presidência da República até a realização de eleições. Aproveitando a oportunidade, nomeou a família toda. Eram tantos que se popularizou o slogan “Os Linhares são milhares”. É o que restou de sua biografia. Isso e o Fundo Rodoviário Nacional, que ele criou e financiou as terríveis estradas brasileiras – além das excelentes empreiteiras.

    Mas não é sempre assim. O sábio Tancredo Neves sempre comentou que, diante de uma tomada de posição difícil, o voto tornava fáceis as opções corretas. “Nessas ocasiões”, dizia, “dá uma vontade de trair!”

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    Ação rápida

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    A presidente do Supremo, Carmen Lúcia, já autorizou o prosseguimento do trabalho de análise das delações premiadas da Odebrecht, elaborado pela equipe de Teori Zavascki, sob o comando do juiz-auxiliar Márcio Schiefler. Não haverá perda de tempo: concluída a tarefa, escolhe-se o novo ministro relator. Pode ser por sorteio, pode ser por homologação da própria ministra Carmen Lúcia, como plantonista do Supremo em exercício. E a Lava Jato continuará assustando quem talvez precise ter de se afastar da política.

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    O apoio dos advogados

    Cláudio Lamachia, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, comemorou a decisão da presidente do STF. “Representa uma vitória para a sociedade a decisão da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, de autorizar que os juízes auxiliares do gabinete de Teori Zavascki continuem o trabalho referente às delações premiadas de executivos da Odebrecht. Assim, a análise dos processos da Operação Lava Jato não fica paralisada”.

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    Incompetência

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    O ditador do Gabão, Ali Bongo, ficou oito anos no poder e fugiu com 11 milhões de dólares. Vai tomar processo dos colegas de regime por comportamento chinfrim.

     

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    Chegando lá

    Os hábitos políticos brasileiros são mais requintados e rendosos. O PT, por exemplo, que não conversa com Governo golpista, que considera o presidente Temer apenas um interino, é bem mais flexível quando há debates reais em jogo. O PT faz parte da ampla aliança que deve eleger o primeiro-amigo de Temer, Eunício Oliveira, golpista entre os golpistas, coxinhíssimo, para a Presidência do Senado.

    Papo baratinho: os petistas se contentam com a primeira-secretaria – por coincidência, a que cuida dos cofres da Casa.

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    Fatos e dúvidas

    Fugas, confrontos, rebeliões e massacres espalhados por prisões de Bauru, Natal, Roraima, Manaus.

    Dúvida nº 1 – Alguém se lembra de alguma rebelião em prisão japonesa?

    Dúvida nº 2 – Alguém se lembra de alguma rebelião numa prisão argentina?

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    Dúvida nº 3 –  Alguém se lembra de alguma rebelião numa prisão coreana, ou chilena, ou alemã, ou norueguesa?

     

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    Dúvidas e fatos

    Alguém já ouviu falar, nesses países, em negociações com chefes de facções criminosas que instalaram seus escritórios em prisões?

    Aliás, alguém já terá ouvido falar, nesses países, em chefes de facções criminosas que instalaram seus escritórios em prisões? 

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    Boa notícia

    Uma belíssima exposição começa amanhã no Museu de Arte Sacra de São Paulo, no Metrô Tiradentes: “Os Filhos de Deus”, de Daniel Taveira, uma busca “de mostrar ao mundo uma história humana, por intermédio do olhar e das lentes de seu autor”. Taveira quer mostrar ao mundo que, independentemente de raça, crença, cultura, crença, orientação sexual ou cor, você é por natureza um filho ou uma filha de Deus”. De terça a domingo, a partir das 11h, grátis para usuários do Metrô.

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