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Augusto Nunes

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A Copa da Roubalheira foi um negócio e tanto. Para os ladrões

Deflagrada nesta quarta, a Operação Descarrilho revelou que a propina envolvendo a construção do VLT de Cuiabá ultrapassou R$ 18 milhões

Por Branca Nunes Atualizado em 9 ago 2017, 21h56 - Publicado em 9 ago 2017, 19h21
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  •  (Mayke Toscano/SECOM)

    Para os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, os cartolas da CBF e os nacionalistas de galinheiro, o Mundial de 2014 seria para o país-sede escolhido pela FIFA uma oportunidade sem precedentes de divulgar atrações turísticas capazes de atrair uma imensidão de turistas estrangeiros. Seria também uma chance sem similares de produzir um legado incomparável em matéria de infraestrutura e mobilidade urbana. Três anos depois, provas robustas reduziram a frangalhos o monumento ao otimismo irresponsável. E não param de emergir evidências contundentes de que aconteceu o que previram jornalistas qualificados pelos governantes de portadores do complexo de vira-lata: o Brasil foi o anfitrião da Copa da Roubalheira.

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    Espalhados pelas capitais incluídas no roteiro do evento esportivo bilionário, elefantes brancos e esqueletos de concreto informam aos berros que sobrou para os pagadores de impostos a conta da ladroagem que enriqueceu a quadrilha formada por políticos e empresários, muitos deles hoje na mira da ofensiva contra a corrupção. Nesta quarta-feira, os brasileiros foram apresentados a mais ocorrências criminosas escondidas nas catacumbas da Copa. Deflagrada pela Polícia Federal, a Operação Descarrilho, que investiga ilegalidades vinculadas às obras do VLT de Cuiabá, cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em residências e prédios comerciais localizados em Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e do Paraná.

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    Segundo reportagem publicada pelo site O Livre, as investigações se basearam nos depoimentos de Silval Barbosa, ex-governador de Mato Grosso que acaba de fechar um um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, e do ex-secretário estadual Pedro Nadaf. Silval calculou em R$ 18 milhões o tamanho do buraco escavado por negociatas envolvendo a CAF Brasil, fabricante dos trens do VLT. Nadaf elevou o prejuízo para 8 milhões de euros, equivalentes a R$ 29,4 milhões. O ex-secretário diz ainda que Silval planejava ocultar o produto do furto numa conta na Suíça.

    “Independentemente de quem vencesse a licitação, o grupo político procuraria o consórcio vitorioso para negociar um ‘retorno”, o que de fato foi feito, de acordo com o ex-governador”, relata um trecho do inquérito da Polícia Federal. As apurações abrangem fraudes em licitações, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro. “Espero que descubram quem roubou o povo de Mato Grosso”, disse o governador Pedro Taques. Os brasileiros também aguardam ansiosos a hora de ver atrás das grades todos os participantes da roubalheira em escala industrial.

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