Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Augusto Nunes

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

“Ação, Reação, Xeque-mate” e outras cinco notas de Carlos Brickmann

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann O governo demorou para encontrar o caminho da reação, mas o trabalho que realiza contra a Operação Lava Jato é hoje visível: corte de verbas da Polícia Federal, intensa mobilização de jornalistas aliados, especialmente nas redes virtuais, mas não exclusivamente nela, contra delegados, promotores e o juiz Sérgio Moro […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 23h44 - Publicado em 10 jan 2016, 09h44
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

    O governo demorou para encontrar o caminho da reação, mas o trabalho que realiza contra a Operação Lava Jato é hoje visível: corte de verbas da Polícia Federal, intensa mobilização de jornalistas aliados, especialmente nas redes virtuais, mas não exclusivamente nela, contra delegados, promotores e o juiz Sérgio Moro (só no dia 7, esta coluna recebeu, de apenas um dos profissionais engajados, quatro ataques pesados ao juiz e à PF ─ num deles, fala-se em “quadrilha Moro”), tentativas de vitimizar os inocentes pixulequeiros presos em Curitiba.

    Diante do risco de abafamento das investigações, há quem diga que documentação sobre o escândalo acabou em mãos dos equivalentes americanos à PF e ao Ministério Público. As investigações dos EUA tocam em dois temas: primeiro, o envolvimento de cidadãos, sistema financeiro e empresas dos EUA no Petrolão (lá é crime); segundo, o processo que investidores em títulos da Petrobras na Bolsa de Nova York movem contra a empresa, pedindo reposição das perdas que tiveram com a redução dos lucros causada pela pixulecagem e a consequente diminuição do valor dos papeis em seu poder. É coisa grande, de algumas dezenas de bilhões de dólares. Até um acordo giraria em torno de cifras monumentais.

    É o xeque-mate na tentativa de abafar as investigações: lá não há como bloqueá-las. Como provou o caso Marin, se houve uso de empresas americanas nas manobras, eles investigam e divulgam tudo. E, como no caso das Mãos Limpas, na Itália, o farol que orienta Moro, se a justiça for feita sua missão está cumprida.

    Continua após a publicidade

    Esquentando

    Não esqueça: Lula depôs cinco horas na Polícia Federal. Quem diria que isso poderia acontecer? A Polícia Federal encontrou no celular de Léo Pinheiro, chefão da empreiteira OAS, troca de mensagens com Jaques Wagner, hoje chefe da Casa Civil, sobre liberação de pagamentos no Ministério dos Transportes. O Supremo autorizou a quebra dos sigilos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de sua esposa e de sua filha.

    Se alguém acha que a guerra política foi arquivada, ou amenizada, depois que o Supremo dificultou o impeachment, está enganado.

    Continua após a publicidade

    Eduardo Cunha, o equilibrista

    Pesquisa do Instituto Paraná em São Paulo apurou que Eduardo Cunha (PMDB ─ Rio) não tem a confiança de 81,9% dos eleitores para comandar, moral e legalmente, o impeachment (que, aliás, é defendido por ampla maioria). E, para 74%, Cunha deveria ter o mandato cassado.

    Sem apoio do eleitor, como Cunha sobrevive? Sobrevive porque, tendo sempre atendido aos mais extravagantes pedidos de seus colegas parlamentares, por mais caros que fossem, recebe ainda sua solidariedade.

    Continua após a publicidade

    Em Brasília, uma mão lava a outra, e ambas lavam o Cunha.

    Schahin, a defesa

    O Grupo Schahin, a respeito da saída do país dos navios NS Cerrado e NS Sertão, declara: “Com o objetivo de impedir a transferência de posse das embarcações para os credores, a Schahin atuou junto à 4ª e à 35ª Varas Cíveis de São Paulo, à 3ª Vara Cível de Macaé (RJ), à 2ª Vara de Falências e Recuperação Judicial da capital paulista e à 5ª Vara Federal de Execuções Fiscais de São Paulo, bem como perante os Tribunais de Justiça de São Paulo e do Rio de Janeiro, além da Receita Federal e Marinha, para reter os navios no Brasil. Por ordem do juiz Rodrigo César Fernandes Marinho, de Macaé, contudo, as embarcações foram transferidas para os credores que, como já se sabia, as levariam para o exterior. Registre-se que, ao resistir a dar cumprimento à ordem do juiz de Macaé, por orientação da Schahin, o comandante do navio NS Cerrado foi ameaçado de prisão. A empresa ser agora acusada de ter contribuído para a fuga dos navios, que levaram a bordo equipamentos e ferramentas da Schahin, bem como contêineres pertencentes a fornecedores de alimentos para os trabalhadores, é intolerável. O Grupo Schahin informa que entregou essas informações, nesta quinta-feira, 7, à Força Tarefa da Operação Lava Jato. O ofício desmente notícias que reproduzem acusações atribuídas ao auditor fiscal Roberto Leonel de Oliveira Lima, da Receita Federal. O grupo oficiará à Receita sobre tais declarações à imprensa, que geraram grande prejuízos de imagem no mercado financeiro”.

    Continua após a publicidade

    Prefeitos, os bons e os maus

    Outra pesquisa do Instituto Paraná, sobre prefeitos de 13 capitais, divulgada por VEJA (https://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/): o melhor é ACM Neto (DEM), Salvador, com 84,7% de aprovação. O segundo é Rui Palmeira (PSDB), Maceió, com aprovação de 64,4%.

    Os dois piores são do PT: Paulo Garcia, Goiânia, 73,7% de rejeição, e Fernando Haddad, São Paulo, com rejeição de 69,8%.

    Continua após a publicidade

    A festa continua

    A monarquia brasileira balançava, e a Corte promoveu um grande baile na Ilha Fiscal, no Rio, em homenagem à tripulação do navio chileno Almirante Cochrane. Custou 10% do orçamento anual do Rio de Janeiro. Seis dias depois, o imperador foi deposto.

    A história se repete: o Rio está sem dinheiro para atender a seus doentes, faltam remédios básicos nos hospitais, mas o Palácio Laranjeiras, que não é nem onde mora o governador nem onde trabalha, está sendo reformado para que Sua Excelência possa praticar natação. Orçamento: R$ 2,3 milhões.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.