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‘Ela é ele’, por Carlos Brickmann

Publicado na coluna de Carlos Brickmann Todos levaram na brincadeira e atribuíram a frase engraçada da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a um ato falho: referiu-se à presidente da República como “presidenta Lula”. Ato falho, claro. Mas haverá algo de que a ministra sabe, e nós não, que a tenha levado a cometer este curioso […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 04h23 - Publicado em 23 fev 2014, 09h17
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  • Publicado na coluna de Carlos Brickmann

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    Todos levaram na brincadeira e atribuíram a frase engraçada da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a um ato falho: referiu-se à presidente da República como “presidenta Lula”. Ato falho, claro. Mas haverá algo de que a ministra sabe, e nós não, que a tenha levado a cometer este curioso equívoco?

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    Há um clima estranho em Brasília. Partidos normalmente submissos ao Governo ─ a qualquer Governo, especialmente ao de uma presidente voluntariosa como Dilma Rousseff ─ resolvem reunir-se publicamente para falar mal da chefa, da autoridade que detém o poder de nomear e demitir, da candidata à reeleição. O presidente da Câmara, o peemedebista Henrique Alves, cuja postura diante de Dilma faz com que o ministro Guido Mantega pareça um altivo dissidente, estava lá junto com expoentes de legendas famosas por sua coerência ─ sempre ao lado do Governo, seja qual for ─ como PP, PTB, PSD, PR, Pros, PDT, PSC, mais o Solidariedade, que agora é Aécio. Que é que levou a combativa turma do “sim, senhora” a falar mal de Dilma, deixar vazar a conversa e discutir a formação de um bloco que possa contrapor-se à motoniveladora parlamentar do Governo?

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    Desta vez, parece, não se trata de ameaçar com dificuldades para valorizar-se. Nem se pode esquecer que, pela pesquisa CNT, Dilma seria reeleita no primeiro turno. Bom, para Suas Excelências, seria ficar a seu lado. Por que não ficam?

    Há algo diferente no ar. Sábias raposas garantem que Lula quer ser o candidato. Por Lula, Dilma desiste. Aí só faltaria a justificativa para trocar Ela por Ele.

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    Experiência de sobra
    O jornalista Ricardo Noblat, mais de 30 anos de experiência em Brasília, publicou, sem citar fontes, mas assumindo as informações, este intrigante texto:

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    “Lula só pensa em suceder Dilma a partir do próximo ano. Dona Marisa só pensa no vestido da posse. O PT só pensa em como se livrar de Dilma”.

    “Aliás, os políticos em geral, independentemente de partido, só pensam em ver Dilma pelas costas”.

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    “Isso quer dizer que Lula vai ser candidato do PT em outubro próximo? Bem, o futuro a Deus pertence.” 

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    Fio de barba
    Lula, citado pelo colunista Lauro Jardim, assim comentou a possibilidade de substituir Dilma como candidata:

    “Todo mundo me fala nisso, mas a candidata é ela”.

    Os números da reeleição
    O índice de intenção de voto em Dilma, na tradicional pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes, é excelente: 43,7%, vitória no primeiro turno. Melhor ainda, para ela, é o fraco desempenho de seus concorrentes: Aécio, PSDB, 17%; Eduardo Campos, PSB, com apoio da Rede de Marina Silva, 9,9%.

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    Professora do mundo
    Quem sai aos seus não degenera: seguindo a presidente Dilma, que ensinou economia à primeira-ministra alemã Angela Merkel, indiferente às evidências de que a Alemanha tem indicadores melhores que os do Brasil, a ex-ministra Gleisi Hoffmann, do PT paranaense, resolveu partilhar seus conhecimentos com o Federal Reserve Bank americano. Gleisi prometeu apresentar no Senado um voto de censura à avaliação do Fed sobre a economia brasileira, que classifica como a segunda mais vulnerável numa lista de 15 países emergentes, atrás apenas da Turquia. Gleisi acusou o Fed de ter extrapolado seu mandato.

    Os americanos, que deram o mandato ao Fed, não comentaram a Escolinha da Professora Gleisi.

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    O mestre da professora
    O senador Cristovam Buarque, do PDT de Brasília, ex-ministro da Educação do presidente Lula, ridicularizou a Escolinha da Professora Gleisi. “Você pode dizer se um documento do Banco Central (função exercida pelo Fed nos EUA) está errado. Não pode julgar se é do bem ou do mal. Voto de protesto não se faz contra documento técnico”. Completou: se o protesto for recusado, é como o Congresso desse apoio ao Fed. “Se for aprovado, cairemos no deboche mundial”.

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    Buarque sugeriu a Gleisi esquecer o voto de censura às autoridades dos EUA.

    Uva sim, Noruega não
    A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, agendou audiência ao ministro das Relações Exteriores da Noruega, Börgen Blende, para as 10 horas do dia 20, quinta-feira. A Noruega tem o melhor Índice de Desenvolvimento Humano e a segunda renda per capita do mundo. Visita importante? Nem tanto: dez minutos antes do horário marcado para a audiência, o chanceler norueguês foi informado de que Sua Excelência, a ministra brasileira, tinha preferido mudar de ideia. Maria do Rosário viajou ao Rio Grande do Sul, deixando de lado a agenda oficial, para participar da Festa da Uva.

    Mais do que ministra, Sua Excelência é candidata a deputada federal e isso é que é importante para ela.

    Passeio, diárias
    A proposta é da oposição: enviar uma comitiva de parlamentares à Holanda para acompanhar as investigações sobre pagamento de propina à Petrobras. Como poderiam os holandeses investigar sem o auxílio das Excelências brasileiras?

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