Em VEJA desta semana, há uma corajosa reportagem que evidencia como criminosos – muitos, de facções como a paulista PCC – migraram suas atividades ilícitas para redes sociais e aplicativos de mensagens (clique neste link para lê-la). Naturalmente, os representantes mais famosos dessas categorias são, também, os mais utilizados – Facebook e WhatsApp (mas isso não quer dizer que não há atividade ilegal em outros meios, a exemplo do Telegram). Ontem, compartilhei neste blog um dos áudios trocados por WhatsApp por delinquentes (neste link). Abaixo, confira como dois criminosos perseguidos pela polícia paulista falam sobre o uso do “zap”, seguindo a forma como denominam o programa.
Em gravação telefônica, eles sugerem conversar apenas pelo app. Segundo a polícia, fazem isso por saberem que estão sendo gravados. No telefone, tornou-se “perigoso” para eles. Já no “zap”, tudo pode – afinal, estão protegidos pela criptografia do serviço que, ainda, não tem o hábito de colaborar com investigações criminais.
Não me estenderei neste post. Repito – Quer saber mais dos casos, e de como esses meios online se tornaram espaço para a ação de marginais? Leia a reportagem e o post citados nos links acima. Agora, esclareço um ponto essencial (evidente nos textos aos quais me refiro, mas que vale reiterar àqueles que não se dispõem a ler o material): a reportagem tem o foco de expor essa situação e levantar a questão de como a Justiça e as empresas digitais têm de se entender para chegar a um meio termo, preservando a privacidade dos usuários honestos, mas não permitindo a impunidade aos desonestos. Na matéria da revista, há esse debate, com propostas de conclusões. Confira lá.
Ao áudio da conversa por telefone entre os criminosos:
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