Um novo estudo, publicado no periódico científico Circulation, revelou que passar longos períodos de tempo no espaço e praticar nado de resistência em condições extremas podem causar uma diminuição do coração. A pesquisa baseou-se na comparação entre os organismos do astronauta Scott Kelly, que passou um ano em órbita, e do nadador maratonista Benoît Lecomte.
De acordo com os cientistas, ambas as atividades têm como resultado a diminuição de tensão no coração que resulta da gravidade, fazendo com que o órgão tenha seu tamanho reduzido, atrofiando em certas regiões. O estudo pode ter implicações gigantescas no planejamento de jornadas espaciais longas, a exemplo das futuras missões destinadas a Marte.
No espaço, o coração não precisa mais bombear contra a força da gravidade, o que causa mudanças em sua anatomia. Já para atletas como Lecomte (que, em 2018, nadou mais de 2,8 mil quilômetros em 159 dias, com uma média de 5,8 horas por dia), o coração precisa bombear na posição horizontal, de nado, muito mais frequentemente do que o normal, alterando também o seu funcionamento.