Tetraplégico consegue mover braço robótico usando o pensamento
Movimento foi possível por causa de um chip cerebral desenvolvido na Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. Membro mecânico foi desenvolvido pelo departamento de pesquisa do exército americano, o Darpa
Cientistas da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, desenvolveram uma interface cérebro-máquina capaz de traduzir pensamentos humanos em movimentos de um braço robótico. A prótese foi desenvolvida pelo departamento de pesquisa do exército americano, o Darpa, e a interface pelos cientistas da universidade. De acordo com o Darpa, é a primeira vez que um ser humano tetraplégico consegue mover um braço robótico usando apenas o pensamento.
Em 2004, o americano Tim Hemmes sofreu um acidente de moto que o fez perder todos os movimentos dos membros. Utilizando um braço robótico acoplado à sua cadeira de rodas, o ex-jogador de hóquei foi treinado durante 30 dias para transferir as ordens cerebrais corretas para estimular o movimento de um braço robótico. A transmissão das informações cerebrais para o braço foi feita usando um chip implantado no cérebro de Hemmes.
Praticando o exercício mental que havia memorizado durante várias semanas, Hemmes fez o braço mecânico se aproximar da mão da namorada, Katie Schaffer, no último dia de treinamento, no fim de setembro. O governo dos EUA não permite que um chip permaneça implantado no cérebro de um ser humano por mais de um mês.
Os cientistas da Universidade de Pittsburgh estão treinando outros tetraplégicos para usarem o braço de formas mais sofisticadas. É possível que, no futuro, além de mover o braço robótico, os pacientes consigam sentir o que o membro mecânico está tocando.
Na quarta-feira (5), a equipe do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis divulgou um estudo que recriou a sensação do toque em macacos por meio de um chip cerebral quando eles moviam um braço virtual na tela do computador. Os cientistas de Pittsburgh não sabem dizer quando o sistema ficará pronto ou quando a solução estará disponível para outros pacientes.
Confira um vídeo, em inglês, produzido pela Universidade de Pittsburgh mostrando os resultados da pesquisa:
http:https://www.youtube.com/embed/yff20TlHv34?hd=1