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Rússia cria sistema de satélites para estudar o Ártico

País divulga projeto de motivação científica, mas dá mais um passo na disputa com outros países, principalmente Estados Unidos e Canadá, pelos recursos naturais inexplorados da região

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h47 - Publicado em 1 fev 2012, 10h27

A Rússia anunciou a criação de um sistema de satélites para estudar o Ártico, no extremo norte da Terra. A informação foi divulgada por Lev Zelenyi, diretor do Instituto de Estudos Espaciais do país, que afirmou que o programa acaba de ser aprovado, mas não falou em datas para sua implementação. Além de satélites de monitoramento na órbita terrestre, o sistema contará também com bases terrestres segundo o informe.

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CÍRCULO POLAR ÁRTICO

É uma linha imaginária no extremo norte do planeta, onde fica o Polo Norte. A região é escassamente habitada, mas possui cidades russas e norueguesas com pouco mais de 100 mil habitantes. No inverno as temperaturas chegam até a -60°C. No verão, atingem poucos graus positivos. É lar de ursos polares, leões marinhos e focas, além de guardar imensas reservas de petróleo no mar.

A natureza dos estudos também não foi divulgada e, apesar da motivação científica, o anúncio é mais um capítulo da disputa pelo território Ártico, rico em recursos naturais inexplorados. Os russos já manifestaram a intenção de construir nove bases na região até 2020, três delas com arsenal nuclear. Em julho passado, o país já havia anunciado a criação de duas brigadas na porção russa do local. A Rússia é um dos membros do Conselho Ártico formado pelos países que têm territórios na região. Canadá, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega, Suécia e Estados Unidos são os outros membros.

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A região também é de extremo interesse para os cientistas que estudam o aquecimento global, já que o derretimento do gelo do Círculo Polar Ártico é uma espécie de termômetro das mudanças climáticas. As previsões mais pessimistas apontam para um derretimento total da calota polar nos meses mais quentes em até duas décadas.

Poupança – A maior disputa acontece pelos territórios internacionais, já que cada país quer aumentar sua área na região. Documentos diplomáticos divulgados pela organização Wikileaks em 2011 revelaram que há pesquisas em curso na região em busca de petróleo, gás natural e até rubis. A região tem algumas das maiores reservas de petróleo do mundo, mas a dificuldade em extrair o óleo impediu investidas mais fortes até agora. Para a Rússia, por exemplo, o petróleo continental ainda é muito mais rentável. Russos e americanos, porém, consideram a região uma espécie de poupança de petróleo para o futuro.

Na última segunda-feira (30), bombardeiros e caças russos cumpriram a primeira missão de patrulhamento aéreo da área em 2012. Parte da operação foi realizada em águas internacionais e caças da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) acompanharam os russos. O patrulhamento é considerado de rotina pelos russos, que realizaram aproximadamente 50 voos do tipo em 2011.

(Com informações da Agência EFE)

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