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Pulsar de Câncer parece emitir mais energia do que se pensava

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h58 - Publicado em 6 out 2011, 18h19

A intensidade da energia emitida pelo pulsar na nebulosa de Câncer, na constelação de Touro, desafia a compreensão dos astrofísicos, para os quais este fenômeno não se pode explicar pelos modelos teóricos atuais da física, informou um estudo que será publicado na edição desta sexta-feira da revista Science.

O Pulsar de Câncer, um remanescente de supernova de giro rápido descoberta em 1968, parece emitir raios-gama com níveis de energia maiores aos explicados pelos modelos científicos atuais, anunciaram os surpresos autores do estudo.

Usando o conjunto de telescópios VERITAS no Observatório Whipple no estado do Arizona (sudoeste dos Estados Unidos), astrofísicos detectaram que esta jovem estrela de nêutrons tem energia superior a 100 bilhões de elétron-volts (100 GeV).

Esta intensidade de energia é mais de um bilhão de vezes superior à da luz visível do sol, disseram especialistas.

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Para Henric Krawczynski, astrofísico da Universidade de Washington em St. Louis (Missouri, centro), co-autor deste trabalho, os modelos teóricos padrão não podem explicar estas observações sem grandes mudanças.

“Estamos na presença de algumas forças extremas e estas observações mostram que nossas teorias não se encaixam e que sabemos menos sobre os pulsares do que pensávamos”, disse o astrofísico.

Durante muito tempo, os cientistas pensaram que as emissões de pulsares são causadas por forças eletromagnéticas criadas quando o campo magnético de rápida rotação de uma estrela acelera as partículas carregadas a uma velocidade próxima à da luz, gerando radiação em um amplo espectro.

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“Depois de muitos anos de observações e resultados, pensávamos entender como funcionava (o pulsard) o Câncer, enquanto os modelos preveem uma diminuição exponencial do espectro de emissão acima dos 10 GeV”, disse David Williams, professor adjunto de física na Universidade da Califórnia em Santa Cruz e co-autor do estudo.

“Foi uma verdadeira surpresa descobrirmos a emissão de raios-gama em energias superiores a 100 GeV”, disse Williams.

O pulsar de Câncer se formou a partir do núcleo de uma grande estrela que explodiu em uma supernova espetacular no ano 1054, deixando para trás a brilhante Nebulosa do Câncer, com o pulsar no centro.

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Esta estrela de nêutrons relativamente jovem, um dos objetos mais estudados no céu, gira 30 vezes por segundo e tem um poderoso campo magnético de co-rotação, do qual emite feixes de radiação que, vistos da Terra, parecem pulsos rápidos de radiação.

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