A americana Peggy Whitson, de 57 anos, se tornou a astronauta dos Estados Unidos com mais tempo no espaço. Na madrugada desta segunda-feira, Peggy acumulou 534 dias, 2 horas e 49 minutos na órbita da Terra. Somando as três missões de longa duração na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), a cientista superou a marca de Jeffrey Williams. O feito foi parabenizado nesta manhã pelo presidente americano Donald Trump e sua filha, Ivanka Trump em transmissão ao vivo da TV Nasa. Peggy ainda soma outros recordes sendo a primeira mulher a comandar a estação espacial, em 2007 e a astronauta dos EUA com mais idade a ir ao espaço.
Peggy também é a primeira mulher a comandar a ISS duas vezes e a com mais caminhadas espaciais, somando sete saídas, que acumulam 53 horas e 25 minutos fora da estação e de espaçonaves. A bioquímica foi ao espaço pela primeira vez em 2002 para trabalhar em diversas pesquisas da Nasa, participando das expedições 5 e 16 da agência espacial americana. Durante a conversa com o presidente e Ivanka, a astronauta explicou um de seus trabalhos, que consiste em converter urina em água potável. Eles ainda conversaram sobre a participação de mulheres na ciência, o uso militar de pesquisas espaciais e a ida à Marte.
Gennady Padalka
O recorde mundial do astronauta com maior tempo no espaço é do russo Gennady Padalka, com 878 dias. Padalka anunciou neste domingo sua decisão de se aposentar, informou o Centro de Preparação de Cosmonautas (CPC), da Rússia. Aos 58 anos, o cosmonauta estava disposto a participar em uma sexta missão à ISS e chegar aos mil dias no espaço, mas decidiu parar de trabalhar ao perceber que não seria selecionado pela agência espacial russa, Roscosmos, para mais uma ida ao espaço. Herói da Rússia desde 1999, Padalka foi incluído na lista de candidatos a cosmonauta em 1991 e viajou pela vez primeira ao espaço em 1998.