Onda de calor deve provocar temperaturas de até 40°C em cinco estados
Com "alerta de perigo", Inmet aponta que os termômetros devem subir até 5°C acima da média no Sul e Sudeste; no Norte e Nordeste, há previsão de chuva
Uma onda de calor vai afetar áreas do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul nos próximos dias e deve elevar as temperaturas máximas até 5°C acima da média. Em algumas regiões, os termômetros podem registrar mais de 40°C. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um “alerta de perigo“, válido até sexta-feira, 15. O alerta é feito quando há persistência do padrão climático de 3 a 5 dias consecutivos.
O calor é provocado por um bloqueio atmosférico que impede o avanço de frentes frias. Embora o fenômeno El Niño já tenha passado do pico, registrado no final do ano passado, ele continua influenciando o clima. Ao manter o ar seco e impedir a formação de nuvens, as temperaturas naturalmente sobem. O El Niño deve acabar em meados de abril e o clima deve retornar à neutralidade. Até lá, seu impacto continuará sendo sentido.
Em outras regiões, no entanto, são esperadas chuvas e vendavais. De acordo com boletim do Inmet divulgado na manhã desta terça-feira, 12, há previsão de chuva entre 20 e 30 milímetros por hora (mm/h) ou até 50 mm/dia e ventos que podem chegar à velocidade de 40 a 60 quilômetros por hora. As áreas afetadas incluem as regiões metropolitanas do Recife, de Belo Horizonte e Belém, além do sudoeste de Mato Grosso, Agreste de Pernambuco, norte do Amapá, noroeste de Minas Gerais, Sul da Bahia e litoral norte do Espírito Santo.
Ainda de acordo com o Inmet, a precipitação elevada é resultado da combinação do calor e alta umidade, além da atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) que continua influenciando as instabilidades no extremo norte do País. Segundo o Instituto, o risco de corte de energia elétrica, queda de galhos e árvores e descargas elétricas é baixo. Mesmo assim, recomenda-se evitar buscar abrigo embaixo de árvores e estacionar veículos sob placas de propaganda e postes de iluminação.
*Com Agência Brasil