O engenheiro Leonel Fernando Perondi assumiu oficialmente a diretoria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) na tarde desta sexta-feira, em cerimônia realizada na sede da instituição, em São José dos Campos (São Paulo). Perondi substitui Gilberto Câmera, que em agosto de 2011 decidiu deixar a instituição.
Na primeira quinzena de maio, o ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, anunciou a nomeação de Perondi para direção do instituto. A posse do novo diretor aconteceu uma semana após o físico maranhense José Raimundo Coelho se tornar o novo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB). Raupp tem enfatizado em seus discursos a importância de essas duas instituições trabalharem juntas para, entre outras coisas, dar continuidade ao Programa Espacial Brasileiro.
Em seu discurso, o novo diretor reforçou a importância do instituto e enfatizou o papel que ele tem de atender as necessidades da sociedade. Ele lembrou a participação do Inpe em atividades como o levantamento de dados que contribui para ações ligadas ao meio ambiente, como monitorar o desmatamento, por exemplo.
Perondi falou sobre a ampla atuação do instituto. “O Inpe está entre a tecnologia e o produto. Vamos desde a ciência básica até o produto final”, disse, fazendo referência ao trabalho que envolve desde a realização de pesquisas científicas até a participação na construção e operação de satélites. “Temos que acompanhar a fronteira de ciência e tecnologia do mundo e sempre que possível, incorporá-la à realidade brasileira.”
Integração – A cerimônia foi encerrada com a fala de Raupp que, mais uma vez, destacou a importância de um trabalho integrado, não só entre as instituições ligadas ao Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), mas entre os vários ministérios interessados no uso de satélites.
Em vários momentos de seu discurso, Raupp destacou a importância de que as instituições ligadas ao governo busquem parcerias com instituições privadas e disse que o Inpe e a AEB terão papel importante para o planejamento e a condução dessas parcerias. O ministro encerrou o discurso reforçando a necessidade de o ministério e as instituições ligadas a ele mostrarem resultados. “Não podemos levar 30 anos para entregarmos um produto. Temos que entregar a tempo de ele ser usado pela sociedade brasileira”, disse.
Currículo – Perondi fez doutorado em Oxford, na Inglaterra, e tem longa carreira no Inpe, onde concluiu o mestrado (1986) e do qual já foi diretor substituto e interino, de 2002 a 2005. Foi gerente do programa sino-brasileiro de satélites, o CBERS, entre 2002 e 2005, e membro do Conselho Técnico Científico da instituição entre 2007 e 2011.
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