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Monções elevam gases de pequenas erupções vulcânicas na atmosfera, podendo derrubar temperatura

Ventos na Ásia são os “veículos” que transportam os gases para a estratosfera, o que pode provocar queda na temperatura e diminuir aquecimento global

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h30 - Publicado em 8 jul 2012, 15h13

Não é necessário que haja uma grande erupção vulcânica suficientemente forte para que os gases emitidos atinjam as camadas mais altas da atmosfera – o que causa queda da temperatura. Gases de pequenas erupções também podem chegar a esses patamares mais elevados, desde que conduzidos pelos ventos. A constatação está em um estudo divulgado na edição desta semana da revista Science.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Large Volcanic Aerosol Load in the Stratosphere Linked to Asian Monsoon Transport

Onde foi divulgada: revista Science

Quem fez: Adam E. Bourassa, Alan Robock, William J. Randel, Terry Deshler, Landon A. Rieger, Nicholas D. Lloyd, E.J. (Ted) Llewellyn, Douglas A. Degenstein

Instituição: Universidade de Saskatchewan, do Canadá

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Dados de amostragem: dados do satélite Osiris

Resultado:Ventos na Ásia são os “veículos” que transportam os gases para a troposfera, o que pode provocar queda na temperatura e diminuir aquecimento global.

Segundo o estudo, feito pela Universidade de Saskatchewan, do Canadá, foi detectada a presença de aerossóis na estratosfera emitidos pelo vulcão Nabro, que entrou em erupção em junho de 2011 na Eritreia, no nordeste da África.

Mesmo sem a força necessária para levar os gases até a estratosfera pela erupção, dados captados pelo satélite Osíris confirmaram que isso acabou acontecendo meses depois.

O que fez com que esses gases atingissem tal altitude, concluíram os cientistas, foram as monções, ventos sazonais que sopram no sul e sudeste da Ásia no verão e no inverno.

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A erupção do Nabro injetou na atmosfera 1,3 teragrama de dióxido de enxofre (SO2) – unidade usada na medição de gases, neste caso, o número total equivale a 1,43 milhão de toneladas. As colunas de fumaça atingiram de 9,1 a 13,7 quilômetros de altura – nesta altitude, os gases ainda estavam na troposfera, que termina a 16 quilômetros de altura, medida a partir da Terra (a atmosfera é divida em troposfera, estratosfera, mesosfera e termosfera).

Mas dados do satélite Osiris demonstraram que o Nabro causou a maior concentração de aerossol na estratosfera (de 10 a 50 quilômetros de altitude) nos últimos dez anos, período em que ele está em órbita. Além disso, o satélite mostra os gases se formando mais fortemente sobre as monções asiáticas, já conhecidas como ‘transportadoras’ do ar da troposfera para a estratosfera.

Desde a erupção do Monte Pinatubo, nas Filipinas, em 1991, não havia grandes atividades vulcânicas que pudessem aumentar a quantidade de gases na estratosfera. No entanto, na última década foi registrado um aumento de 5% a 7% por ano no nível desses gases.

As razões para isso, segundo os cientistas, é o crescente aumento de emissões decorrentes das atividades humanas, associadas a uma série de pequenas erupções vulcânicas tropicais. Isso está reduzindo o impacto do efeito estufa no mesmo período.

Os efeitos dessas pequenas erupções trazem dados importantes para incluir no modelo de mudança climática e também no alerta sobre o aquecimento global.

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