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James Webb resolve mistério de região escura no centro da Via Láctea

Nuvem de gás opaca deveria ser um berço para a formação de novas estrelas

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 dez 2023, 15h00

A região central da Via Láctea, galáxia que abriga o sistema solar, é dotada de um mistério: uma grande e turbulenta nuvem de gás. Regiões como essa costumam ser berços de novas estrelas, mas, diferente do esperado, essa é escura e pouco fértil. Por esse motivo, esse é um dos pontos mais estudados do nosso Universo e um estudo publicado agora parece começar a resolver esse enigma. 

Pesquisadores utilizaram a ferramenta de infravermelho do telescópio espacial James Webb para avaliar a nuvem. Ao empregar diversos filtros diferentes, conseguiram ver que ela contém muito mais monóxido de carbono congelado do que se imaginava. “Nossas observações demonstram de forma convincente que o gelo é muito predominante lá, a tal ponto que todas as observações no futuro devem levar isso em conta”, disse Adam Ginsburg, autor do artigo publicado no periódico científico The Astrophysical Journal, em comunicado.

Isso deveria acelerar a formação de novas estrelas, mas apesar da presença desse elemento, a pesquisa também mostrou que o interior dessa região é mais quente do que se imaginava, o que está desacelerando o processo de formação estelar. “Com o James Webb, estamos abrindo novos caminhos para medir moléculas de gelo, enquanto anteriormente estávamos limitados a observar o gás”, disse Ginsburg. “Essa possibilidade nos dá uma visão mais completa de onde as moléculas existem e como elas são transportadas.”

Quais as implicações?

Esse entendimento é importante, porque, além de colaborar na melhor compreensão da formação de novas galáxias e estelas, o carbono encontrado no sistema solar – na forma de mineral, incorporados nos seres vivos ou presentes em cometas – provavelmente teve uma origem semelhante e isso poderá ajudar a entender de maneira mais detalhada a formação da nossa vizinhança cósmica. 

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No futuro, os especialistas continuam estudando os dados obtidos pelo James Webb para investigar as quantidades relativas de monóxido de carbono, dióxido de carbono e água. Além disso, eles pretendem estudar outros elementos para compreender melhor a composição química dessas nuvens varia com o tempo. 

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