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Fóruns Mundiais da Água terminam com vistas à cúpula Rio+20

Por Por Ana María Echeverría
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h42 - Publicado em 17 mar 2012, 16h10

Os dois Fóruns Mundiais da Água, realizados esta semana em Marselha, sul da França, terminaram sábado com os olhos voltados para a cúpula Rio+20, em junho, onde a crise da água ocupará um lugar central na agenda.

O VI Fórum Mundial da Água – que reuniu responsáveis governamentais, empresários, especialistas e associações em torno do assunto dos recursos hídricos conseguiu, segundo seus responsáveis, garantir que a água será um tema das cúpulas internacionais, como a que acontecerá no Rio de Janeiro.

“É tempo de líderes e chefes de Estado reconhecerem que a água é um problema global”, declarou Loic Fauchon, que preside o Conselho Mundial da Água, o organismo que organiza o Fórum, realizado a cada três anos em diferentes cidades.

As agendas políticas nacionais e internacionais sobre mudança climática “devem considerar, cada vez mais, a questão da água”, disse Fauchon no encerramento do Fórum, que começou na segunda-feira com a presença dos ministros de Meio Ambiente e delegações oficiais de cerca de 140 países.

Brice Lalonde, coordenador do Rio+20, que participou do Fórum de Marselha, confirmou à AFP que “a água será inscrita como uma prioridade na agenda” da Rio+20, que fará um balanço do estado do planeta, 20 anos depois da Cúpula da Terra realizada nessa mesma cidade.

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O VI Fórum, que depois de cinco dias de mesas redondas e discussões “de alto nível”, abriu sábado suas portas ao público, anunciou na sexta-feira uma série de “compromissos” para garantir o acesso ao saneamento e à água potável, que ainda estão privados mais de 80 milhões de habitantes no mundo.

Responsáveis governamentais, coletividades locais, empresas e associações de mais de 130 países se comprometeram, na cerimônia realizada no Palácio de Congressos e Convenções de Marselha, a lutar, com “os meios que dispõem”, contra “a crise da água”.

Os “compromissos” anunciados buscam garantir o “direito humano sobre o acesso à água e ao saneamento”, o uso mais eficaz da água e uma melhor gestão desse precioso recurso, cuja demanda aumentou devido ao crescimento da população mundial e à mudança climática.

Mais de 70 comitês de bacias hidrográficas de 33 países de África, América Latina e Europa assinaram um pacto para elaborar juntos soluções para uma melhor gestão da água.

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“Nossa preocupação era que não nos separássemos sem ter definido quem faria o que”, explicou à AFP o vice-presidente do VI Fórum Mundial de Água, Guy Fradin.

Ele acrescentou que, antes de o Fórum acabar, conseguiram garantias de que “haverá uma continuação desses compromissos” na Coreia, onde será realizado o próximo Fórum Mundial da Água, em 2015.

Por sua vez, o Fórum Alternativo Mundial da Água (FAME, na sigla em francês), que reuniu em Marselha milhares de ativistas, ecologistas e militantes do movimento altermundialização, deixou claro que se prepara para ter uma forte presença na cúpula da ONU no Rio de Janeiro.

“Nossa meta é continuar lutando contra as privatizações e contra as grandes empresas de água que buscam fazer negócios com os recursos hídricos”, disse à AFP Jacques Cambon, organizador da FAME, que encerrou com um grande shows nos ‘docks’, os hangares do porto de Marselha.

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