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Facebook revelaria estrutura cerebral, aponta estudo

Por Por Richard Ingham
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h57 - Publicado em 18 out 2011, 21h09

O Facebook altera o cérebro? Essa é a questão que um estudo incomum tenta responder sobre a rede social, que tem 800 milhões de membros na internet.

Segundo os autores da pesquisa, voluntários colocados em um escâner tridimensional demonstraram ter estruturas maiores e mais densas em três áreas do cérebro quando vinculados a uma grande lista de amigos no Facebook, em comparação com outros que tinham poucos amigos on-line.

As três áreas são todas relacionadas com a capacidade de socialização.

“O sulco temporal superior e o giro temporal médio estão associados à percepção social, do olhar das outras pessoas ou de pistas sociais advindas de expressões faciais”, explicou o cientista Ryota Kanai, da Universidade College de Londres (UCL).

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A terceira área, o complexo entorrinal, “estaria associada com a memória para rostos e nomes”, acrescentou.

Dois anos atrás, a neurocientista Susan Greenfield, da Universidade de Oxford, causou polêmica sobre o impacto das redes digitais nos jovens.

“A mente do século XXI seria quase infantilizada, caracterizada por curtos instantes de atenção, sensacionalismo, incapacidade de enfatizar e um senso de identidade instável”, alertou Greenfield, em discurso na Câmara dos Lordes britânica.

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Geraint Rees, professor de neurociências da UCL, disse que o novo estudo trouxe à tona questões-chave relativas a esta controvérsia.

Entre elas, se o tamanho da área de socialização no cérebro nos leva a fazer mais amigos, se esta área é alterada pelas redes sociais na internet ou se esta relação é inócua. Para Rees, que liderou a pesquisa, este enigma de causa e efeito só poderá ser resolvido com estudos posteriores.

Em seu estudo, Rees recrutou 125 estudantes, 46 deles homens, com idade média de 23 anos.

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Seus amigos no Facebook variaram entre um punhado até quase mil. A média estimada seria de 300 amigos por voluntário.

Os resultados foram, então, checados em busca de quaisquer dados tendenciosos com uma amostra em separado, composta por 40 voluntários.

Em um terceiro experimento, os cientistas analisaram mais de perto uma subamostra de 65 voluntários para ver se, na estrutura cerebral, havia relação entre o mundo digital e o mundo real.

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Além de se submeter a um exame de escâner cerebral, o grupo também preencheu um questionário sobre seus amigos no mundo real.

Ao combinar os registros de amizade do mundo real com as dos amigos online, os cientistas descobriram apenas uma correlação na substância cerebral.

Ela foi detectada em uma área denominada amígdala bilateral, que acredita-se que processe e armazene as memórias de eventos emocionais.

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Esta associação não foi encontrada nas três áreas cerebrais – o sulco temporal superior, o giro temporal médio ou o complexo entorrinal -, realçadas no primeiro experimento.

Rees afirmou que isto pode significar que diferentes áreas do cérebro são usadas para diferentes formas de socialização.

O estudo será publicado na edição desta quarta-feira do periódico Proceedings of the Royal Society B, da Academia de Ciências britânica.

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