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Estudo revela que macho da mosca da fruta bebe para esquecer

Um estudo publicado na edição desta quinta-feira da revista Science revelou que o macho da mosca da fruta também afoga suas mágoas em álcool quando rejeitado sexualmente pela fêmea, como fazem alguns homens. Experimentos realizados por cientistas da Califórnia, oeste dos Estados Unidos, demonstraram que uma substância presente no cérebro destes insetos, cujo nome científico […]

Por Pablo Porciuncula
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h42 - Publicado em 15 mar 2012, 19h58
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  • Um estudo publicado na edição desta quinta-feira da revista Science revelou que o macho da mosca da fruta também afoga suas mágoas em álcool quando rejeitado sexualmente pela fêmea, como fazem alguns homens.

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    Experimentos realizados por cientistas da Califórnia, oeste dos Estados Unidos, demonstraram que uma substância presente no cérebro destes insetos, cujo nome científico é ‘Drosophila melanogaster’, aumenta ou diminui segundo a satisfação do sujeito.

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    Assim, o macho da mosca da fruta capaz de copular consome menos alimentos com álcool e apresenta níveis mais elevados desta pequena molécula, o neuropeptídeo F.

    Ao contrário, aquele privado de sexo escolhe alimentos que contém álcool e os consome em grandes quantidades. Os cientistas observaram níveis baixos do neuropeptídeo F nestes insetos.

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    Um neurotransmissor cerebral similar, denominado neuropeptídeo Y, também está presente em seres humanos, o que poderia abrir o caminho para novos tratamentos contra a dependência de álcool ou outras drogas, explicou Ulrike Heberlein, professora de anatomia e neurologia da Universidade da Califórnia em San Francisco e principal autora deste trabalho.

    Ajustar os níveis destes neuropeptídeos nos seres humanos poderia eliminar a dependência, acreditam os cientistas.

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    “Se os neuropeptídeos Y demonstram ter um papel importante no estado psicológico que leva ao abuso de álcool e drogas, então seria possível desenvolver terapias que neutralizem os receptores desta molécula” para garantir um nível suficiente constante no cérebro, disse Heberlein.

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    Ela informou que já estão sendo feitos testes clínicos para provar a capacidade do neuropeptídeo Y em aliviar a ansiedade e outros transtornos psicológicos, assim como a obesidade.

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    Para este experimento, os pesquisadores começaram colocando os machos das moscas da fruta em uma caixa de vidro, junto com fêmeas virgens prontas para copular. Em seguida, colocaram outros machos com as fêmeas que já tinham copulado e, portanto, rejeitavam as investidas dos recém-chegados.

    Os dois grupos de machos foram, em seguida, postos em caixas com dois tipos de alimentos, um sem álcool e outro com 15% de álcool. Os que foram sexualmente rejeitados se lançaram sobre os alimentos alcoólicos, consumindo-os em grandes quantidades.

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    Ao contrário, os machos satisfeitos consumiram alimentos principalmente sem álcool. Estes comportamentos foram totalmente previsíveis, em função dos níveis de neuropeptídeo F no cérebro do inseto, disseram os cientistas.

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