Uma nova pesquisa, publicada no periódico científico One Earth, revelou que cumprir as promessas feitas em relação à mudança climática (isto é, de manter o aquecimento global inferior aos 2°C em comparação com níveis pré-industriais) pode levar à criação de oito milhões de empregos no setor de energia. O estudo levou em conta dados e informações coletados em cinquenta países diferentes.
De acordo com os pesquisadores, existem atualmente 18 milhões de pessoas trabalhando no ramo da energia. Com o crescimento da aposta em meios renováveis de produzir energia ao longo dos anos como forma de alcançar as metas estabelecidas, esse número pode chegar aos 26 milhões.
Segundo o artigo, entre as vagas no setor em 2050, 84% serão focadas em energia verdes, 11% serão ligadas a combustíveis fósseis e 5% serão relacionadas à energia nuclear. Atualmente, a fatia do mercado ocupada pelo ramo dos combustíveis fósseis é de 80%.
Embora aponte para um futuro onde o ar é mais limpo e os objetivos estabelecidos para conter o aquecimento global se aproximam, o estudo indica a possibilidade de que muitos indivíduos percam seus empregos com essa mudança no setor da energia. Nem todos os trabalhadores cujo dia a dia envolve lidar com combustíveis fósseis conseguirão se adaptar à indústria da energia verde, por exemplo. Assim, segundo o artigo, o objetivo da sociedade deve ser construir uma “transição justa”, onde ninguém seja deixado para trás e o meio ambiente não seja negativamente afetado.