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Cientistas sequenciam o genoma do porco doméstico

Mutações genéticas presentes no animal estão relacionadas com algumas doenças humanas, como obesidade, diabetes e Alzheimer

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h25 - Publicado em 15 nov 2012, 11h08
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  • A mais completa análise do genoma do porco doméstico, publicada nesta quarta-feira pela revista Nature, revela que o animal convive com o homem há 10.000 anos. Na pesquisa, foram identificadas no porco mutações genéticas relacionadas a enfermidades humanas, como obesidade, diabetes, Parkinson e Alzheimer. Segundo Alan Archibald, da Universidade de Edimburgo, o porco pode se tornar um “modelo útil” para o estudo das doenças humanas.

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    Título original: Analyses of pig genomes provide insight into porcine demography and evolution

    Onde foi divulgada: Revista Nature

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    Quem fez: Martien A. M. Groenen e equipe

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    Dados de amostragem: Genoma do porco doméstico (Sus scrofa domesticus)

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    Resultado: O sequenciamento do genoma do Sus scrofa confirmou seu processo evolutivo no Sudeste Asiático e sua domesticação em diversas regiões da Eurásia. O sequenciamento também fornece recursos importantes que permitem o uso eficaz do animal na produção agrícola e também em pesquisas sobre algumas doenças no homem.

    Os pesquisadores compararam o genoma do porco doméstico (Sus scrofa domesticus) com dez raças de javalis presentes na Europa e na Ásia, e também com o genoma do homem, rato, cachorro, cavalo e vaca. O porco e o primo javali compartilham muitos pontos comuns com os humanos: adaptação, colonização de território e dano ao próprio habitat. Os porcos também estão muito próximos do homem do ponto de vista anatômico e fisiológico. Também já são utilizados para curar humanos em cirurgias cardíacas (válvulas coronárias) e na produção de heparina (anticoagulante), além de seu potencial para o transplante de órgãos.

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    Os ancestrais do porco doméstico surgiram no sudeste asiático entre 5,3 e 3,5 milhões de anos atrás e emigraram progressivamente em direção à Europa. A comparação entre os javalis asiáticos e europeus revela uma separação há cerca de um milhão de anos, com diferenças genéticas que podem ser consideradas como subespécies distintas.

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    Domesticação – O estudo dos genes que conferem características próprias ao porco deve permitir compreender as circunstâncias nas quais o animal foi domesticado pelo homem. Um dos exemplos é sua capacidade para comer aquilo que o homem rejeita – apesar do porco ter um elevado número de genes olfativos (1.301) e excelente olfato, o que indicaria um gosto diferente.

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    A análise do genoma mostra que os porcos têm genes codificadores para a recepção de sabores amargos para os humanos e que os genes ligados a alguns sabores doces são diferentes para o porco e o homem. O porco também pode comer alimentos salgados considerados repugnantes pelo homem. “Essa publicação é resultado de uma colaboração internacional de mais de 10 anos”, diz David Milan, chefe do departamento de genética animal do Instituto Científico de Pesquisa Agronômica (INRA).

    (Com agência France-Presse)

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