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Cientistas portugueses vão cultivar plantas em Marte

Eleitos em um concurso organizado pela Mars One, eles vão enviar sementes ao planeta vermelho em 2018

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h07 - Publicado em 8 jan 2015, 13h56

Criar vida em Marte é o desafio que uma equipe formada por jovens cientistas, a maioria deles portugueses, vai encarar nos próximos anos. Eles serão responsáveis por enviar sementes ao inóspito planeta vermelho. A equipe Seed, cuja base de operações está na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, ganhou um concurso de projetos para experiências em Marte organizado pela Mars One, fundação privada que pretende construir uma colônia no planeta e ocupá-la a partir de 2025.

Eleito entre 35 concorrentes por meio de uma votação na internet, o projeto pretende levar sementes a Marte em 2018 a bordo da primeira grande missão da Mars One. Os integrantes da Seed se antecipariam, deste modo, pelo menos dois anos em relação ao plano da Nasa de também levar vegetais a Marte, o Mars Plant Experiment.

A maioria dos pesquisadores estuda Biotecnologia Molecular ou Engenharia Biomédica no Porto e também participam do projeto um espanhol do Centro de Pesquisas Biológicas. Miguel Ferreira, um dos engenheiros portugueses, disse que as plantas podem ser imprescindíveis para os sistemas de suporte vital se quisermos pensar em levar humanos ao planeta vermelho.

Nem todos os finalistas do concurso propunham levar seres vivos a Marte, explicou Ferreira. Entre seus concorrentes, havia protótipos de estufas, sistemas de fotossínteses artificial e ferramentas para obter água a partir da urina.

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A proposta da equipe portuguesa consiste em cultivar plantas para solucionar o problema da ausência de alimentos frescos no planeta, devido aos dez meses de duração da viagem. Os vegetais também ajudariam na sobrevivência de humanos em Marte graças à sua produção de oxigênio. “A dificuldade será que o nível de gravidade em Marte é mais baixo que na Terra”, destacou Ferreira.

Mostarda e rúcula – A planta utilizada no experimento será a Arabidopsis thaliana, da mesma família da mostarda, já utilizada em experiências da Estação Espacial Internacional pelo rápido crescimento e pelo tamanho diminuto das sementes. Os pesquisadores cogitam também incluir espécies como a rúcula no experimento. Quando a nave chegar a Marte, a equipe Seed ativará por controle remoto um sistema para proporcionar calor e água às sementes congeladas que viajarão na embarcação, controlando com fotografias da germinação ao crescimento.

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Está previsto que o desenvolvimento e a construção do protótipo do sistema termine em dois anos, e os participantes do Seed calculam que custará mais de 100.000 euros, embora o orçamento possa se multiplicar até chegar a 500.000 euros.

Colonização O projeto Mars One pretende estabelecer uma colônia humana em Marte e não recebe dinheiro de instituições oficiais, sendo financiado por patrocínios e doações. A intenção é transmitir a exploração dos primeiros humanos no planeta de modo similar a um reality show. O projeto Seed integrará a primeira missão com carga do Mars One, prevista para 2018, com a qual serão realizadas experiências para buscar água sob o solo marciano e serão testados painéis solares como método para obter energia em Marte.

Também será enviada uma câmera com capacidade para transmitir vídeos à Terra pela internet em tempo real durante um ano. A Seed terá o apoio de várias empresas da indústria biológica e aeroespacial que trabalham no cultivo de plantas em ambientes controlados, sistemas de isolamento ou testes de gravidade alterada, entre outras especialidades.

(Com Agência EFE)

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