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Chuvas em MG: surfistas aproveitam cheia do Rio Doce para pegar onda

A falta de mar no estado de Minas Gerais não foi impedimento para a prática do esporte

Por Da Redação Atualizado em 31 jan 2020, 17h40 - Publicado em 31 jan 2020, 17h34
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  • Um temporal causou uma série de alagamentos em ao menos 101 cidades em Minas Gerais, na última semana. Entre registros de carros arrastados pela correnteza e pessoas ilhadas sendo resgatadas em barcos pelo Corpo de Bombeiros, uma atitude inusitada de surfistas, moradores de Governador Valadares, conseguiu chamar ainda mais atenção, na última quinta-feira (30): três homens resolveram colocar a prancha debaixo do braço e pular no Rio Doce, em plena cheia, para pegar onda.

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    Paulo Guido , soltinho na batedeira !

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    O que pode causar espantos em alguns, no entanto, para grupo trata-se de uma tradição. A prática é realizada por eles desde 1988, quando foram inspirados por um amigo que contou sobre alemães e suíços que surfavam na correnteza dos rios gelados dos alpes. “Na época, tínhamos um grupo de remadores aqui no Rio Doce, e a vontade de surfar. Demos um jeitinho e conseguimos desenvolver a técnica para conseguir praticar o esporte”, afirma Paulo Guido, um dos homens que aparece na cena.

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    Para não ser levado pelo intenso fluxo de água que ocorre durante a cheia, os surfistas usam uma corda para conseguir estabilidade em cima da prancha. Depois, o equilíbrio, aprendido com os anos de prática do surf no mar, é o que permite continuar deslizando sobre as águas. Se cair, só resta nadar até chegar na beira do rio.

    Contudo, o espanto vai além dos perigos de surfar na correnteza. O Rio Doce está contaminado com rejeitos de mineiros desde 2015, quando houve o rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais. Morador da encosta, Guido diz que a prática só ocorre quando o rio esta mais agitado, momento que, segundo ele, a água ficaria menos suja. “Não temos nenhuma fonte segura sobre a situação da água do rio. Considero que isso não deveria ser um impedimento para a pratica do esporte. Somos moradores da região e convivemos com efeitos do rio há muitos anos, das cheias até a poluição”.

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