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Câmeras ocultas registram a ‘vida secreta’ dos mamíferos

Mais de 400 câmeras espalhadas por 7 países - inclusive Brasil - flagram onças, elefantes, gorilas, tamanduás e até caçadores. O resultado - 52 mil fotos - expõe os impactos da devastação sobre a diversidade

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h03 - Publicado em 16 ago 2011, 12h22
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  • “Os resultados do estudo são importantes, já que confirmam o que já suspeitávamos: a destruição dos habitats está reduzindo – de forma lenta, mas indubitável – a diversidade de mamíferos de nosso planeta” – Jorge Ahumada, ecologista da entidade preservacionista Conservação Internacional

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    Gorilas, elefantes, onças e outros animais foram fotografados durante mais de dois anos em um estudo pioneiro com 420 câmeras ocultas em diferentes habitats do mundo. O resultado são 52 mil fotos que revelam a “vida secreta” dos mamíferos. A análise dos dados ajudou os cientistas a confirmar os impactos da devastação sobre a diversidade de espécies e a sobrevivência de animais ameaçados.

    O estudo, dirigido pelo cientista colombiano Jorge Ahumada, ecologista da Tropical Ecology, Assessment and Monitoring Network, do grupo preservacionista Conservação Internacional, foi publicado nesta segunda-feira na revista especializada Philosophical Transactions, da Sociedade Real de Londres para o Progresso do Conhecimento da Natureza.

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    Para realizar a pesquisa, as centenas de câmeras foram espalhadas em áreas protegidas do Brasil, Costa Rica, Indonésia, Laos, Suriname, Tanzânia e Uganda. Foram 60 máquinas em cada local estudado, que permitiram documentar 105 espécies. As imagens captam os momentos mais íntimos e espontâneos dos animais, desde um pequenino rato até um elefante africano, gorilas, pumas, tamanduás – e caçadores armados.

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    Impacto – Após analisar as fotos feitas entre 2008 e 2010, os cientistas classificaram os animais por espécie, tamanho corporal e dieta, entre outras características. Em seguida, confirmaram que as áreas protegidas de maior extensão e as regiões de selva têm uma maior diversidade de espécies e animais de tamanhos e dietas mais variados (insetívoros, herbívoros, carnívoros e onívoros).

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    “Os resultados do estudo são importantes, já que confirmam o que já suspeitávamos: a destruição dos habitats está reduzindo – de forma lenta, mas indubitável – a diversidade de mamíferos de nosso planeta”, afirmou Ahumada em comunicado divulgado pela organização.

    A Conservação Internacional ressaltou que 25% do total das espécies de mamíferos está em perigo e, por isso, a pesquisa contribui de forma bastante significativa para o conhecimento científico dos efeitos da caça, da conversão de terras para a agricultura e mudanças climáticas sobre os mamíferos.

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    Abrangência – “O que faz com que este estudo seja cientificamente pioneiro é que criamos pela primeira vez informação coerente e comparável dos mamíferos em escala global e estabelecemos assim uma linha de referência eficaz para avaliar a mudança”, explicou o comunicado.

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    O uso contínuo desta metodologia permitirá comparar as transformações na natureza e tomar medidas específicas para salvar os mamíferos. Desde 2010, estão sendo instaladas câmeras em novos lugares, o que ampliou a rede de acompanhamento a 17 pontos do Brasil, Panamá, Equador, Peru, Madagascar, Congo, Camarões, Malásia e Índia.

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    “Esperamos que estes dados contribuam para uma melhor gestão das áreas protegidas e a conservação dos mamíferos no mundo todo”, acrescentou Ahumada.

    Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia/Divulgação

    O projeto também colocou câmeras no Brasil. A imagem feita em Manaus registra uma jaguatirica (Leopardus pardalis) ()
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    (Com agência EFE)

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