Caçadores de marfim do Zimbábue mataram mais de 80 elefantes ao colocar cianeto (substância mortal usada nas câmaras de gás dos campos de concentração nazistas) em bebedouros de água, ameaçando a sobrevivência de uma das maiores manadas do mundo. De acordo com o ministro do Meio Ambiente do Zimbábue, Saviour Kasukuwere, os elefantes morreram nas últimas semanas no parque nacional Hwange, o maior do país do sul da África. A matança ocorreu enquanto as forças de segurança estavam concentradas na eleição geral de 31 de julho.
Policiais e guardas florestais recuperaram 19 presas, apreenderam cianeto e armadilhas de arame após uma varredura em vilas próximas ao parque, localizado logo ao sul das cataratas de Victória. “Estamos declarando guerra aos caçadores”, disse o ministro. “Estamos respondendo com toda nossa força, porque nossos animais selvagens são parte de nossos recursos naturais e riquezas.”
O Zimbábue abriga uma das maiores manadas da África. Acredita-se que metade de seus 80.000 elefantes viva no parque Hwange.
Turismo – Kasukuwere, indicado ministro do Meio Ambiente há uma semana, disse que iria pressionar por punições severas aos caçadores acusados – geralmente sentenciados a menos de 9 anos de prisão sob acusação de contrabando de animais.
O Zimbábue trabalha para reanimar a indústria do turismo, incluindo visitas às áreas onde há vida selvagem. O turismo no país sofreu anos de declínio devido às políticas econômicas do presidente Robert Mugabe – o presidente e seu partido ZANU-PF estão no poder desde 1980.
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(Com agência Reuters)