Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Astrônomos afirmam que estranhos sinais do espaço vêm de… um forno micro-ondas

Pesquisa revela que sinais captados há dezessete anos pelo telescópio Parkes, na Austrália, não têm origem em outras galáxias. Interferências assim causam confusão no trabalho de cientistas

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h04 - Publicado em 5 Maio 2015, 16h46

Cientistas desvendaram a origem de estranhos sinais espaciais que intrigavam astrônomos do mais famoso telescópio australiano desde 1998. A fonte das interferências, no fim, em nada é espacial. Elas vieram de um forno micro-ondas da cozinha do próprio observatório Parkes, e que é usado por funcionários para esquentar lanches. A descoberta, feita pela australiana Emily Petroff, da Organização para Pesquisa Científica e Industrial da Austrália (CSIRO, na sigla em inglês), administradora do telescópio, foi publicada em uma plataforma online de artigos científicos da Universidade Cornell, nos Estados Unidos.

Os sinais, que costumavam surgir uma ou duas vezes por ano e apenas nos horários comerciais, foram detectados pela primeira vez há dezessete anos e tinham frequência e duração semelhantes a rápidas explosões de ondas de rádio que, normalmente, vêm de outras galáxias. Até então, os cientistas acreditavam que eram provenientes do espaço. Mas um novo equipamento para monitorar interferências, instalado em janeiro, resolveu a dúvida. Ele detectou que os sinais fortes eram de frequência de 2,4 Gigahertz (GHz), exatamente iguais às do forno micro-ondas do observatório.

Leia também:

Nasa: até 2015 encontraremos vida fora da Terra

Os sucessores do Hubble

Continua após a publicidade

Emily decidiu investigar os sinais e, a princípio, eles não pareciam ter origem no forno da cozinha. Exceto quando a porta era aberta antes do término do aquecimento. Quando isso acontecia, os sinais eram exatamente iguais aos detectados pelo telescópio desde 1998. Eles eram raros pois o telescópio deveria estar apontado para a direção do aparelho para que a interferência fosse percebida.

Faíscas e poeira – Interferências em telescópios são um problema comum que costuma aborrecer cientistas. Ondas de rádio FM, televisões digitais, celulares e sinais de internet wireless podem confundir os dados vindos do cosmo. Em 1967, por exemplo, astrônomos franceses do observatório de Haute-Provence detectaram sinais que pareciam vir de potentes estrelas. Até que perceberam que faíscas terrestres é que originaram as informações.

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.