“O intermediário do PRB era o Marcos Pereira, que hoje é ministro da Indústria e Comércio. Ele teve umas três ou quatro vezes na minha sala”, afirmou o delator da Odebrecht Alexandrino Alencar. Pereira é um dos oito ministros do governo Temer que serão investigados pela Operação Lava-Jato. Segundo o delator, o ministro negociou pessoalmente o recebimento de sete milhões de reais para seu partido em 2014 em troca de apoio à chapa Dilma-Temer na eleição presidencial.
De acordo com Alexandrino, após acertar com Edinho os partidos que receberiam sete milhões de reais cada para apoiar Dilma em 2014, ele foi procurado por Pereira para combinar como seriam feitos os pagamentos. Segundo o delator, o encontro foi direto: “Boa tarde, boa-tarde. (Vc) tá vindo aqui por causa do entendimento do Edinho Silva. Nós temos o compromisso de lhe entregar, via caixa dois, sete milhões de reais”, teria relatado Alexandrino para o ministro. Alexandrino e Pereira se encontraram quatro vezes para tratar dos repasses.
Além do PRB, a Odebrecht pagou, a pedido do PT, receberam caixa dois PROS, PC do B e PDT. Além do apoio, a compram dos partidos rendeu 3m20s ao tempo de TV de Dilma, quase um terço do tempo da petista na propaganda eleitoral de 2014.