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Venezuela nega ser responsável por vazamento de petróleo no Nordeste

Em nota oficial, a petrolífera estatal PDVSA condenou as declarações do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que classificou de 'tendenciosas'

Por Giovanna Romano 10 out 2019, 14h09
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  • O governo da Venezuela negou ser o responsável pelo vazamento de petróleo que atingiu a região costeira do Nordeste brasileiro. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, 10, a empresa estatal petrolífera PDVSA afirmou que não recebeu relatórios de clientes ou subsidiárias que indicariam um possível vazamento nas proximidades da costa brasileira.

    Na última quarta-feira, 9, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou durante audiência na Comissão de Meio Ambiente na Câmara dos Deputados que o vazamento provavelmente veio de um navio estrangeiro — e apontou a Venezuela como o principal causador. “É um petróleo que vem de um navio estrangeiro, navegando perto da costa brasileira”, disse o ministro.

    No comunicado oficial, a petrolífera escreveu que “rejeita categoricamente as declarações do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que acusa a República Bolivariana da Venezuela de ser responsável pelo petróleo bruto que polui as praias do nordeste do Brasil desde o início de setembro”. O governo venezuelano classificou as alegações feitas contra o país “infundadas”. “Condenamos essas reivindicações tendenciosas”, completou.

    O texto ainda apontou que as instalações de petróleo venezuelanos estão, aproximadamente, a 6.650 quilômetros de distância por via marítima da costa brasileira. “A República Bolivariana da Venezuela ratifica seu compromisso com a preservação da vida na Mãe Terra, objetivo histórico consagrado em nossa Constituição e na Lei do Plano da Pátria 2019-2025”, diz o comunicado.

    Manchas de óleo foram detectadas nesta quinta na foz do Rio São Francisco, em Piaçabuçu, Alagoas, na divisa com Sergipe. As investigações, conduzidas pela Marinha e pela Polícia Federal, sobre a origem do petróleo concentram-se em 23 embarcações suspeitas, de diversas origens. O trabalho passa por cruzar rotas mais usadas no transporte de petróleo e a direção que as toneladas de óleo derramado tomaram até chegar às praias brasileiras.

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