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Treze horas após detectar detergente na água, Cedae retoma produção

Material foi arrastado pelas fortes chuvas registradas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro desde a noite de domingo, 2

Por Jana Sampaio Atualizado em 4 fev 2020, 10h33 - Publicado em 4 fev 2020, 10h14
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  • A Companhia de Águas e Esgotos do Estado do Rio de Janeiro retomou a produção de água na Estação de Tratamento de Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, após 13 horas de interrupção. No fim da tarde de segunda, 3, a estatal identificou, por meio de análise laboratorial, a presença de detergentes na água captada em Guandu. O material foi arrastado pelas fortes chuvas registradas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro desde a noite de domingo, 2.

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    Nas redes sociais, o governador Wilson Witzel (PSC) informou que as comportas de água seriam reabertas às 7h50, 1h10 antes do horário que a Cedae conseguiu retomar a produção. “Estou atento e cobrando uma solução para o abastecimento de água no Rio de Janeiro”, disse Witzel. Em nota, a Cedae informou que a interrupção foi necessária para assegurar a qualidade da água e que técnicos da companhia permanecerão monitorando a captação de água até que a concentração de detergente não represente risco à operação da estação.

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    Segundo a Cedae, o abastecimento já foi retomado de forma gradativa por motivos de segurança operacional, mas em alguns locais, como ruas altas, pode levar até 72 horas para se restabelecer completamente. A companhia reitera que a qualidade da água não foi afetada uma vez que acionou o protocolo de segurança e interrompeu a operação da estação, para não comprometer o tratamento.

    Mesmo assim, a Companhia pede que os clientes usem água de forma equilibrada e adiem tarefas que exijam grande consumo. Na internet, moradores do Rio reclamaram que as torneiras estão secas.

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    Entenda a crise da água no Rio

    Há mais de um mês moradores de 71 bairros e seis municípios do Rio convivem com o gosto e o cheiro de terra na água causado pela presença da geosmina, uma bactéria que não faz mal à saúde, mas que se prolifera em ambientes altamente contaminados. Para amenizar o problema, a Cedae começou a usar no dia 24 de janeiro carvão ativado, o único capaz de minimizar a geosmina. Cinco dias depois, a estatal afirmou que aplicaria argila ionicamente modificada na lagoa próxima à captação de água da Estação de Tratamento de Água Guandu para assegurar a qualidade da água distribuída à população. O objetivo era impedir a proliferação excessiva de algas que possam interferir no tratamento da água captada no manancial.

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    A médio prazo, a Cedae iniciou processo de licitação para obras de proteção da tomada de água da ETA Guandu, além do modelo de concessão, que prevê investimentos de cerca de R$ 32 bilhões em obras para a universalização do saneamento no Estado.

    Nada disso foi suficiente, pelo menos por enquanto. Os fluminenses continuam sentindo gosto e cheiro de terra na água e comprando garrafas e galões de água mineral para beber, cozinhar, escovar os dentes e até dar banho em bebês. Grandes redes de supermercados não aumentaram o preço do produto, mas em mercados menores, bancas de jornais e ambulantes, a garrafinha de 510 mililitros, antes vendida a R$ 2, não sai por menos de R$ 3, podendo chegar a R$ 5 em alguns pontos de venda.

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