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Tratamento especial: Jairinho e Monique não têm fotos na ficha da prisão

Procedimento padrão, que registra imagem de todos os detentos que ingressam no sistema prisional, não foi adotado no caso dos dois

Por Marina Lang, Sofia Cerqueira Atualizado em 15 abr 2021, 13h28 - Publicado em 15 abr 2021, 13h23
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  • Um dia após o diretor da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, Zona Norte do Rio de Janeiro, ser exonerado depois de denúncias de supostos privilégios concedidos à Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, e ao padrasto da criança, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, um novo procedimento suspeito chama a atenção. 

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    Diferentemente do habitual que ocorre com todos os detentos que ingressam no sistema penitenciário do Rio de Janeiro, tanto Monique quanto Dr. Jairinho – acusados pela morte do menino de apenas 4 anos – não tiveram suas fotos de rosto anexadas à ficha prisional. Nos documentos, o status de ambos está descrito como de “alta periculosidade”. A classificação foi feita no dia 8 de abril, data em que eles entraram na Cadeia Pública José Frederico Marques, na qual eles ainda teriam recebido regalias. Na documentação sem a imagem, há o registro do atendimento médico de emergência de Monique, que foi hospitalizada por um dia em decorrência de uma infecção urinária. As informações foram reveladas pelo telejornal SBT Rio e confirmadas por VEJA. 

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    Ficha completa do detento Dr. Jairinho
    Ficha completa do detento Dr. Jairinho (Reprodução/VEJA)
    Ficha completa da detenta Monique Medeiros
    Ficha completa da detenta Monique Medeiros (Reprodução/VEJA)

    Em vez de serem postos em celas como presos comuns, Dr. Jairinho teria ficado na sala de um dos diretores da unidade prisional, enquanto Monique foi acomodada em outra dependência diferenciada da unidade. Ambos teriam almoçado a mesma comida do diretor – e não o cardápio oferecido aos detentos -, além de terem tido a oportunidade de conversar por alguns minutos. 

    O diretor da cadeia, que é a principal porta de entrada do sistema prisional do Rio, pediu exoneração após “discordar das denúncias de supostos privilégios”. A Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio (Seap) informou que um procedimento foi instaurado para verificar os supostos privilégios, e que as imagens do circuito interno de segurança da unidade prisional já foram encaminhadas ao Ministério Público do Rio. 

    Procurada pela reportagem, a Seap não retornou sobre a ausência de imagens na ficha do casal acusado por homicídio duplamente qualificado e tortura do pequeno Henry. 

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    Sem foto: ficha penitenciária da mãe de Henry
    Sem foto: ficha penitenciária da mãe de Henry (Reprodução/VEJA)
    Ficha penitenciária de Dr. Jairinho sem a foto
    Ficha penitenciária de Dr. Jairinho sem a foto (Reprodução/VEJA)
    Ficha prisional de Monique Medeiros, mãe de Henry
    Ficha prisional de Monique Medeiros, mãe de Henry (Reprodução/VEJA)
    Ficha prisional de Dr. Jarinho
    Ficha prisional de Dr. Jarinho (Reprodução/VEJA)
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