Nos últimos três dias, com o início do motim de policiais e bombeiros militares no Ceará, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do estado registrou 88 assassinatos – uma média de 29 por dia. As ocorrências chegaram a aproximadamente 53% do número de mortes registrado em todo o mês de fevereiro do ano passado. Os crimes englobam casos que se enquadram como homicídio doloso, feminicídio, lesão corporal seguida de morte e latrocínio. Até a manhã de sexta-feira 21, as mortes somavam 51.
Na segunda-feira, 24, os ministros Sérgio Moro (Justiça) e Fernando Azevedo e Silva (Defesa), acompanhados do advogado-geral da União, André Luiz Mendonça, vão se encontrar con o governador Camilo Santana em Fortaleza. O estado está submetido à Operação de Garantia da Lei e da Ordem, sob o comando das Forças Armadas e da Força Nacional.
Policiais militares e bombeiros cearenses iniciaram pa aralisação na tarde de terça-feira, 18 de fevereiro, em protesto contra o plano de reestruturação salarial proposto pelo governador do estado. Na sexta-feira, 21, militares das Forças Armadas passaram a atuar no policiamento das ruas e avenidas de Fortaleza. A presença de tropas federais foi uma solicitação de Santana e deverá ser mantida até o dia 28.
Também por solicitação do governo do Ceará, um contingente de 120 homens da Força Nacional de Segurança chegou ao estado para se somar ao efetivo de patrulhamento ostensivo. Eles permanecerão na região por 30 dias.