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Taxistas protestam contra aplicativos e causam transtornos no Rio

Manifestação, que exige mais fiscalização de empresas como Uber, Cabify e 99, complica o trânsito em parte da cidade; grupo vai protestar na prefeitura

Por Da Redação
Atualizado em 28 jul 2017, 14h48 - Publicado em 27 jul 2017, 12h15

Um protesto de centenas de taxistas, que começou na manhã desta quinta-feira, tumultua o trânsito no Rio de Janeiro. Eles exigem mais fiscalização contra aplicativos de transporte de passageiros, como Uber, Cabify e 99. Os motoristas de táxi se envolveram em conflitos com condutores do aplicativo e atiraram ovos em taxistas que não aderiram à manifestação. No início da manhã, um grupo fez barricadas de fogo em acessos ao Aeroporto Santos Dumont.

A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para conter manifestantes que tentaram ocupar a pista da Avenida Presidente Vargas que estava liberada para o tráfego, mas a manifestação não se dispersou.

Os comboios de taxistas partiam de pontos diferentes da cidade e ocuparam parte das pistas em baixa velocidade, o que causa engarrafamentos – eles seguem para a sede administrativa da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova. Alguns estacionaram seus táxis no sambódromo e seguiram a pé até o Centro Administrativo São Sebastião, onde ficam as secretarias e o gabinete do prefeito Marcelo Crivella (PRB).

A Secretaria de Ordem Pública estipulou uma multa de R$ 5 mil para taxistas que bloqueassem vias. Apesar dessa ameaça, houve interrupções momentâneas em ruas importantes, como a Avenida Presidente Vargas.

Na página oficial do Sindicato dos Taxistas Autônomos do Rio de Janeiro no Facebook, um post especifica algumas das exigências da classe, como a prorrogação do prazo de vida útil dos carros de seis para oito anos, fiscalização de estacionamentos irregulares nos arredores de aeroportos, rodoviárias e grandes eventos e um posicionamento da prefeitura sobre a “sonegação fiscal dos últimos 5 anos”.

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De acordo com Hildo Braga, do Sindicato de Taxistas do Rio de Janeiro, “O prefeito, antes de fazer uma regulamentação, tem que ouvir o que a categoria, o sindicato, as entidades, as lideranças têm pra dizer. Nós estamos aí desde janeiro, entregamos vários ofícios tanto para a prefeitura quanto pra Secretaria de Transportes e não estamos sendo ouvidos. Ele simplesmente faz ouvido de mercador, não escuta o que realmente estamos sofrendo e estamos passando”, afirmou o diretor.

Segundo Braga, a categoria tem enfrentado dificuldades financeiras por causa da concorrência dos aplicativos, que o sindicato considera desleal pelo fato de os serviços não serem regulamentados e os motoristas não terem as mesmas obrigações que os taxistas.

“Não somos contra essas pessoas, esses pais de família, somos contra você pegar seu carro particular e, de uma hora pra outra, invadir a profissão do outro que tem as suas despesas, a sua profissão regulamentada, a sua autorização, o seu alvará.”

Nesta quarta-feira, o prefeito Marcelo Crivella disse que recebeu representantes da categoria para conversar sobre a regulamentação dos aplicativos. Porém, o presidente da Associação de Assistência aos Motoristas de Táxi do Brasil (Aamotab), André Oliveira, diz que as entidades representativas da categoria não estavam presentes.

“Ele recebeu uma representação política, ligada ao presidente da Câmara dos Vereadores, mas não recebeu a principal representatividade, que é o Sindicato dos Autônomos, nem a Aamotab, que sou eu. Ficou incompleto, ele atendeu apenas uma minoria que atua junto com o presidente da Câmara”.

Sobre o aplicativo que a prefeitura pretende colocar em funcionamento em agosto, Braga também considera que é preciso discutir com a categoria. “Nós não somos contra o aplicativo, nós somos contra a forma com que ele está querendo colocar o aplicativo. Eu acho que ele tem que sentar com todo mundo, ele tem que sentar com as entidades, tem que discutir o aplicativo”, disse.

O sindicato também se posicionou de forma contrária ao uso de taxímetro virtual e ao pagamento de comissão sobre as corridas para substituir as diárias pagas por motoristas auxiliares. Em resposta à manifestação,  o Uber anunciou um desconto de 30% em trajetos na cidade. “Nesta quinta, os cariocas poderão enfrentar dificuldades para se locomover pela cidade. Para que isso não atrapalhe o seu dia, a Uber vai oferecer 30% de desconto em viagens iniciadas ou finalizadas nas áreas das principais conexões de transporte público do Rio de Janeiro”, informaram os responsáveis pelo aplicativo, por nota.

(Com Estadão Conteúdo)

 

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