Suzane von Richthofen passou apenas sete horas em liberdade após receber o benefício da “saidinha” de fim de ano. Na tarde deste sábado, 22, ela foi levada de volta à Penitenciária do Tremembé (SP), após ter sido flagrada em uma festa em Taubaté, fora do endereço informado à Vara de Execuções Criminais. Pelas regras do benefício, ela deveria estar na cidade de Angatuba, onde declarou residência.
Suzane, condenada a 39 anos de prisão por participação na morte de seus pais Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002, deixou a Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier às 8h10 deste sábado e, por volta das 13h, foi vista em uma festa no bairro Quinta das Frutas, em Taubaté. Denunciada à polícia, ela foi retirada do local perto das 15h.
“A partir da denúncia, montamos uma operação e, ao visualizarmos Suzane, fizemos a abordagem. Ao constatarmos que se tratava efetivamente dela, fora do horário, da cidade e da rota em que ela deveria estar, a reconduzimos para o presídio”, contou o capitão Carlos Alberto de Souza, comandante da 5ª Companhia da Polícia Militar de Taubaté.
Segundo ele, Suzane não ofereceu resistência. “Foi uma abordagem bem tranquila, ela apenas exibiu o documento da saída temporária, mas ele não dava a autorização para que ela estivesse lá.” A saída temporária de Natal e Ano Novo é um benefício concedido a presos de regime semiaberto e com bom comportamento. Suzane deveria retornar à penitenciária em 3 de janeiro.
Suzane pode ter o benefício da saída temporária retirado. “Ela foi entregue à penitenciária e gora cabe à Vara de Execuções Criminais analisar se cancela ou não”, explicou Carlos Alberto Souza. Em 2016, ela já havia cometido uma infração durante uma “saidinha” ao fornecer um endereço falso às autoridades.
Suzane, de 35 anos, obteve a progressão do regime fechado para o semiaberto em outubro de 2015 e ganhou o direito a deixar a prisão pela primeira vez na Páscoa de 2016. Em setembro deste ano, ela teve negado o pedido para cumprir resto da pena em liberdade.