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SP e RJ redobram atenção após rebelião em Manaus

Os Estados monitoram as cadeias para evitar represálias pelo país. Briga entre PCC e Comando Vermelho resultou na matança de Manaus

Por Da redação
Atualizado em 4 jan 2017, 13h55 - Publicado em 4 jan 2017, 08h33

Após a rebelião que resultou na morte de 56 detentos do Complexo Prisional Anísio Jobim, em Manaus, São Paulo e Rio de Janeiro, berços das facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) envolvidas na rebelião, redobraram a atenção dentro das cadeias para evitar represálias pelo país, segundo a edição desta quarta-feira do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo do Estado do Amazonas decidiu reativar uma cadeia para transferir e manter em segurança detentos ligados ao PCC, que estão recebendo ameaças após as mortes registradas neste domingo e nesta segunda-feira em duas prisões de Manaus. Segundo autoridades, a medida apenas encerra um capítulo da guerra declarada entre o PCC e o CV.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado detectou que o PCC está em todos os Estados, mas enfrenta forte resistência no Norte e no Nordeste. A facção Família do Norte (FDN), ligada ao CV, decidiu acabar com o PCC no Amazonas. Ainda não se sabe como o PCC reagirá ao enfrentamento.

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Segundo o jornal, há uma forte preocupação em isolar a cúpula da organização criminosa paulista, que está desde o mês passado, no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), na penitenciária de Presidente Bernardes. Nesta terça-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) procurou minimizar a questão. “Não tem nenhuma relação, aqui não teve problema nenhum”, disse. “O que importa é ter prevenção, inteligência, isolar líderes. A lógica do RDD é romper o fluxo de dinheiro. À medida que você isola, tira a comunicação.”

Nesta terça-feira, a Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa começou a receber presos que saíram do Centro de Detenção Provisória Masculino, do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) – nesta, quatro presos morreram na segunda, em um episódio considerado como continuação do massacre no Complexo Anísio Jobim (Compaj). A unidade foi  desativada em outubro por recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), “por graves violações de direitos humanos”.

A Polícia Militar também passou a integrar a segurança de unidades prisionais de Manaus. Nesta terça, o secretário de Segurança, Sérgio Fontes, afirmou que, apesar de “o cobertor ser curto”, o remanejamento dos presos era necessário.

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