Os brasileiros mais pobres continuam sofrendo com a alta da inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Classe 1 (IPC-C1) subiu 1,38% em maio e fechou o quarto mês do ano com alta acumulada em 4,62%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O IPC-C1 é calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda de um a dois salários mínimos e meio mensais. Fundamental para o avanço do IPC-C1 foi a alta dos preços de alimentos, que expandiu-se 2,85% no último mês (recorde de alta em quatro anos), e da saúde e cuidados pessoais, com elevação de 1,28%. Nos últimos 12 meses o IPC-C1 avançou 8,24%. Já o preço dos alimentos subiu 17,01%.
Na última terça-feira, a FGV informou que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou alta em seis de sete capitais pesquisadas, no indicador de até 31 de maio. Segundo os dados divulgados, houve avanço na inflação de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Recife e Salvador. A capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, foi a única cidade pesquisada a apresentar desaceleração de preços no período.