Moradores da Rocinha, na Zona Sul do Rio, fecharam a Autoestrada Lagoa-Barra no início da noite desta quinta-feira, em protesto pela morte de Francisca Gleiciane Oliveira da Silva, de 18 anos. O corpo da jovem foi encontrado na quarta-feira, nu e amarrado, dentro do banheiro de uma casa usada como bar na favela. Ela estava desaparecida desde a noite de segunda-feira, quando havia combinado de ir com um amigo a uma casa noturna na comunidade.
Como não conseguiu falar com a moça, o rapaz foi até a boate, acreditando que ela já estaria lá, mas não a encontrou. Na manhã de terça, ele recebeu um telefonema da mãe da jovem, que estava a sua procura. Os dois registraram o desaparecimento na Polícia Civil e começaram a distribuir cartazes com a foto da moça e a notícia do sumiço. Após receber informações de que um casal havia sido visto discutindo na frente do bar na noite de segunda, o amigo de Gleice foi até lá.
Embora o estabelecimento estivesse fechado, ele conseguiu ver o corpo da moça dentro do banheiro. Chamou, então, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), que arrombaram a porta. O imóvel havia sido alugado há cerca de um mês por um homem que passou a morar no local, mas não é visto desde terça. Ele é considerado suspeito. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios do Rio, que já ouviu familiares e procura câmeras que podem ter registrado o crime.
(Com Estadão Conteúdo)