Rio tenta conter guerra nas areias
Operação Verão foi antecipada com o objetivo de frear os arrastões e pôr fim à batalha entre moradores e infratores
Para evitar nova guerra nas areias cariocas, a Secretaria de Segurança antecipou a Operação Verão e anunciou a montagem durante todo o final de semana de 34 barreiras para revistar ônibus com destino à Zona Sul e reforço na segurança com mais 700 policiais militares e 300 guardas — entre eles profissionais de batalhões especiais da PM, como o Choque, Ações com Cães, Grandes Eventos e Polícia Montada.
Moradores da Zona Sul, organizados em grupos para reagir aos arrastões na orla de Copacabana e Ipanema, e os adolescentes que praticam esses assaltos prometem um embate à beira-mar. Os jovens de favelas da Zona Norte ameaçam levar facas à praia. Já os “justiceiros” planejam combatê-los com objetos caseiros, como fitas adesivas (para “algemar”) e paus de barracas de sol (para “bater”), segundo circulou em redes sociais na internet.
Os moradores convertidos em justiceiros chegaram a marcar, via WhatsApp e o Facebook, pontos de encontro para seguir à praia. “Eles crescem em bando, vamos em bando também”, escreveu um deles. “Ninguém vai apanhar quieto. Se vierem de pau, a gente vai de faca”, disse um dos integrantes do “Coreto”, como se autointitulam os adolescentes que roubam nas vizinhanças da orla. A praia deve encher: apesar do tempo nublado, os termômetros devem chegar a 40 graus centígrafos.
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(Estadão Conteúdo)