O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, relator do valerioduto mineiro, afirmou nesta quinta-feira que só tomará uma decisão sobre o futuro da ação penal contra o ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB) após a conclusão do julgamento dos recursos do mensalão.
“Só vou divulgar a minha decisão sobre a ação penal que envolve o ex-deputado Eduardo Azeredo após o julgamento, na próxima semana, da ação penal 470 [do mensalão]. Não gostaria que houvesse qualquer superposição entre os dois casos”, afirmou Barroso.
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O tucano renunciou ao mandato de deputado federal nesta quarta-feira. Como consequência, Azeredo perdeu o direito ao foro privilegiado, prerrogativa que os parlamentares têm de serem julgados apenas pelo Supremo. A tendência é que a ação de Azeredo seja remetida do STF para a Justiça Federal de Minas Gerais. Ministros do STF avaliam que, na atual fase do processo, a renúncia do tucano não configuraria uma manobra para adiar o julgamento.
No início do mês, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a condenação do agora ex-deputado federal a 22 anos de prisão pelos crimes de peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro. Janot comparou a situação do tucano à do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, condenado no processo do mensalão.
(Com Estadão Conteúdo)