A defesa do médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, preso em razão de acusações de violência sexual por ex-seguidoras, disse que o governo de Goiás – estado onde ele está detido – quer “mantê-lo a qualquer custo no cárcere”.
A declaração do advogado Alberto Zacharias Toron foi feita neste sábado, 5, a VEJA após seu cliente ter sido submetido a exames depois que alegou ter passado mal na cadeia onde está, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
Segundo o portal G1, avaliação feita pela DGAP (Diretoria-Geral de Administração Penitenciária) constatou que o médium está “clinicamente bem” e que sua situação tem sido acompanhada “correntemente” pelo órgão de saúde do complexo prisional.
Toron contesta a afirmação. “O estado de saúde do senhor João é delicado, tanto que foi levado ao hospital para exames e estes revelam alterações que, conquanto não traduzam um quadro de doença, inspiram cuidados”, afirmou. ”Afinal, por que ele urinou com sangue? Por que tem suores, fraqueza e tremedeira? Mais: tem dor no estômago, foi indicada a realização de uma endoscopia e esta não foi feita. Por quê? Querem mantê-lo a qualquer custo no cárcere”, disse.
VEJA tentou, mas não conseguiu contato com o DGAP.
João de Deus foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás no diz 28 de dezembro por quatro crimes – dois delitos de violência sexual mediante fraude e dois de estupro de vulnerável. As denúncias abarcaram os relatos de dezenove possíveis vítimas – destas, em cinco casos, a Promotoria entendeu haver necessidades de diligências complementares e, nos outros dez, os fatos relatos prescreveram.