Em depoimento a VEJA, a mãe de Eliza Samudio, Sônia Moura, de 51 anos, disse que não se conforma com a liberdade do ex-goleiro Bruno, mandante do assassinato de sua filha. Quando soube que ele seria solto, sua maior preocupação era o neto, de 7 anos, que estava na escola. “Até hoje o Bruninho não sabe que o pai mandou matar a mãe. Fiquei imaginando: e se alguém conta tudo agora? Meus dias têm sido muito mais difíceis desde que o Bruno saiu da cadeia.”
“Estou chocada com a forma como a sociedade recebeu a saída dele. Uma pessoa que pede para fazer selfie com o Bruno tem um caráter deformado. E ainda alimenta mais a ilusão dele de que voltou a ser uma celebridade e pode olhar de cima para os outros”, afirma Sônia. Indignada, ela diz que tudo o que vem acontecendo após a soltura do ex-jogador só a deixa mais indignada. “Não imaginam quanto me senti ofendida quando disse, depois de ser solto, que não adiantaria haver prisão perpétua porque a vítima não ia voltar. Repare que ele diz “vítima”, nem pronuncia o nome da Eliza, como se ela fosse uma desconhecida. Entrei na Justiça contra a ordem de soltura. É um homem dissimulado de quem tenho muito medo.”
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