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Procuradoria denuncia Fernando Pimentel ao STJ

Investigado na Operação Acrônimo, governador mineiro foi denunciado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. PF afirma que ele "coordenou e integrou" uma organização criminosa

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h48 - Publicado em 6 Maio 2016, 22h18
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  • Por João Pedroso de Campos, na VEJA.com:

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    A Procuradoria-Geral da República apresentou hoje ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) denúncia contra o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), no âmbito da Operação Acrônimo pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. Além de Pimentel, foram denunciados o operador e amigo do governador Benedito Rodrigues de Oliveira, o Bené, os executivos do grupo automotivo Caoa Carlos Alberto de Oliveira Andrade e Antônio dos Santos Maciel Neto, o ex-ministro Mauro Borges, o ex-sócio do petista, Otílio Prado, e o funcionário de Bené Fábio Mello.

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    A Acrônimo investiga irregularidades em campanhas petistas e o recebimento de propina por Pimentel em negócios escusos fechados no governo federal nos tempos em que ele era ministro do Desenvolvimento e Comércio, ao qual é subordinado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O relator do processo no STJ é o ministro Herman Benjamin, a quem caberá aceitar ou não a denúncia encaminhada pela vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko. Caso a acusação seja recebida, o petista vira réu e deve ser suspenso de sua função no governo.

    O relatório que baseou o indiciamento de Pimental por corrupção pela Polícia Federal, em abril, aponta que o governador mineiro “coordenou e integrou” uma organização criminosa. Segundo as investigações da Operação Acrônimo, o petista recebeu propina de Antonio dos Santos Maciel Neto e Carlos Augusto Oliveira Andrade em troca de benefícios fiscais ao grupo Caoa no Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeira Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto), do Ministério do Desenvolvimento. A PGR cita atuação conjunta entre Pimentel, o sucessor dele na pasta, Mauro Borges, e Bené no esquema.

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    Ela Wiecko conclui que as empresas de fachada Bridge e BRO, ligadas a Bené, receberam 2 milhões de reais da Caoa por meio da simulação de serviços de consultoria, dinheiro usado para custear despesas pessoais de Fernando Pimentel, como hospedagens em hoteis de luxo e aluguel de jatinhos, entre 2013 e 2014.

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    Em outra frente, a dona da agência de propaganda Pepper Interativa, Danielle Fonteles, confessou em delação premiada homologada pelo STJ que operou um caixa clandestino para quitar despesas de campanhas petistas, como as que elegeram a presidente Dilma Rousseff em 2010 em 2014 e a de Pimentel. O ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, por exemplo, relatou em acordo de delação premiada firmado na Operação Lava Jato ter pagado 6,5 milhões de reais à Pepper em 2010 por meio de um contrato fictício. O caixa da campanha de Dilma era o destinatário final do dinheiro da empreiteira envolvida no petrolão.

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    Com Fernando Pimentel, agora denunciado na Acrônimo, a relação era tão estreita que ele e a primeira-dama, Carolina Oliveira, se portavam como sócios informais da empresa. Alcançada pelas investigações, Danielle repetia em reunião a advogados: ‘Se eu quiser, derrubo a Dilma’.

    A primeira-dama de Minas Gerais também é investigada na Acrônimo. Na semana passada, Pimentel conferiu foro privilegiado a ela nomeando-a para a Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social.

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