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Prisão peruana mostra avanços na luta contra a tuberculose e a Aids

Carlos Valverde. Lima, 29 out (EFE).- A penitenciária de San Juan de Lurigancho, em Lima, uma das maiores da América Latina e que até 2008 apresentava altos índices de violência e superlotação, lançou nesta semana um modelo bem-sucedido no tratamento e prevenção da tuberculose e da Aids entre seus internos. Fortalecida pelo apoio do Fundo […]

Por Da Redação
29 out 2011, 09h06
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  • Carlos Valverde.

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    Lima, 29 out (EFE).- A penitenciária de San Juan de Lurigancho, em Lima, uma das maiores da América Latina e que até 2008 apresentava altos índices de violência e superlotação, lançou nesta semana um modelo bem-sucedido no tratamento e prevenção da tuberculose e da Aids entre seus internos.

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    Fortalecida pelo apoio do Fundo Mundial de Luta contra a Aids, a Tuberculose e a Malária, a prisão reduziu nos últimos dois anos de 700 para 500 o número anual de contágios de tuberculose e aplicou uma campanha de prevenção que diminuiu o índice de contágios da Aids dentro da prisão para 3%.

    O coordenador nacional de Saúde Penitenciária, José Best Romero, disse à Agência Efe que, atualmente, a prisão tem uma população de 6 mil detentos, o dobro de sua capacidade, mas em 2008 esse número era de 12 mil.

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    Na média, são diagnosticados cerca de 500 casos de tuberculose por ano na penitenciária, com picos como o de 2009, quando foram registrados 700 casos, o que a colocou entre as prisões com mais casos da doença na América Latina.

    ‘A ajuda do Fundo Mundial foi um dos motores da mudança do sistema de prevenção e tratamento dessas epidemias em Lurigancho’, destacou Romero. ‘O Fundo Mundial ajudou com dinheiro para a criação de um espaço clínico digno que custou US$ 1 milhão e foi estabelecido em um ano e meio (…). Atendemos toda a população carcerária, com serviços hospitalares para 120 detentos’.

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    O médico afirmou ainda que, em termos de saúde, ‘o problema da tuberculose em prisões é que a transmissão é aérea, por isso, o espaço precisa ser ventilado e com condições de renovação de ar’.

    Desde o início do programa patrocinado pelo Fundo Mundial, mais casos de tuberculose foram diagnosticados. ‘Nos cinco anos que durou o projeto, os diagnósticos dobraram’, informou Romero.

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    Da mesma forma, o diretor-geral do Instituto Nacional Penitenciário (Inpe) para a região de Lima, Henry Cerrados Ochoa, afirmou que, ‘segundo estudos, nas prisões do Peru, onde a tuberculose é um tema de saúde pública, as chances de contágio são 27 vezes maiores do que fora delas’.

    Em 2010, o Inpe registrou 1,2 mil casos de tuberculose em prisões peruanas. Dados estatísticos como o anterior tornaram necessária a criação de uma série de programas para impedir o contágio e evitar mais mortes.

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    ‘Graças a um convênio, foram estipuladas condições para diagnosticar e tratar as vítimas da doença em 27 penitenciárias do Peru, além de fornecer boas condições de higiene’, explica o médico.

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    As medidas se estenderam por mais 13 prisões em nível nacional, como as de Callao, Chorrillos, Ica, Chiclayo, Trujillo, Piura, Quencoro, Huanuco, Pucalta e Arequipa, entre outras, e os resultados puderam ser comprovados quase que imediatamente.

    Foram aplicadas campanhas para que os detentos saibam mais sobre a transmissão da Aids e como preveni-la. Também foram realizados exames rápidos que tiveram 90% de aceitação entre os réus.

    Uma das medidas mais chamativas é a entrega de um pacote com informações, três preservativos e um lubrificante a cada interno que ingressa na penitenciária de Lurigancho.

    O Inpe tem como desafio incluir o tema do direito à saúde na agenda pública para obter melhores resultados no cuidado das pessoas mais vulneráveis que se encontram privadas de sua liberdade, enfatizou Romero.

    O Fundo Mundial é uma associação público-privada dedicada a atrair e desembolsar novos recursos para prevenir e tratar a Aids, a tuberculose e a malária. Desde sua criação em 2002, é o principal órgão de financiamento de cerca de mil programas contra essas doenças, por um valor aprovado de US$ 22,4 bilhões em 150 países. EFE

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    cav/ms/sa

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