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‘Todos serão convocados’, diz Arthur Maia sobre citados em plano de golpe

O presidente da CPMI do 8 de Janeiro participa da edição da semana de Os Três Poderes, programa com análises sobre os principais fatos da semana

Por Da Redação Atualizado em 16 jun 2023, 14h31 - Publicado em 16 jun 2023, 10h41
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  • O deputado federal Arthur Maia (União Brasil) afirmou na live Os Três Poderes, programa de VEJA com análises sobre os principais fatos da semana, que os militares envolvidos em plano golpista revelado por reportagem de VEJA não serão poupados na CPMI presidida pelo parlamentar. ‘Todos serão convocados’, afirmou. ‘Não tenho investigado de estimação.’ Assista:

    A revelação sobre o episódio é tema da capa de VEJA desta semana, que traz com exclusividade o conteúdo de relatório da Polícia Federal sobre arquivos encontrados no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. As mensagens e documentos mostram que o entorno do ex-presidente chegou a planejar um golpe após a eleição de 2022 para mantê-lo no poder. Reportagem exclusiva de VEJA revela as mensagens e os documentos que traçam um roteiro para anular o pleito vencido por Lula, afastar ministros da Suprema Corte e colocar o país sob intervenção militar.

    Na live, Arthur Maia afirmou, ao ser questionado sobre o impacto que a revelação de VEJA traz para os trabalhos da CPMI, que é preciso “continuar com essas e outras buscas no sentido de encontrar toda a narrativa e toda a sequência de acontecimentos que levaram ao dia 8 de janeiro”. “Quem cometeu algum ato equivocado, que responda perante as leis do nosso país. É inaceitável que haja uma trama desenfreada de quem quer que seja tentando interromper a democracia no nosso país, tentando acabar com o sistema democrático brasileiro. É inaceitável. A CPMI existe com esse propósito e a grande questão é a seguinte: teve um golpe? Se teve um golpe, quem foram os envolvidos?”, acrescentou o deputado.

    Questionado sobre um possível envolvimento de Jair Bolsonaro na trama, Maia disse que “é preciso ver quais são as mensagens” que envolvem o ex-presidente e que é “importante que se analise a narrativa que o ex-presidente teve durante esse processo e o seu comportamento”. Ressaltou, porém, que “uma pessoa tão próxima ao presidente, com esse nível de comportamento, sem dúvida, traz uma condição de suspeição para o governo passado”, se referindo a Mauro Cid.

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    “Não é uma coisa banal que alguém que está no Planalto, trabalhando com o presidente, faça uma minuta daquela gravidade”, afirmou Maia, que também salientou a necessidade de “individualizar” o papel de cada pessoa e fez uma defesa enfática das Forças Armadas.

    “É muito importante fazer uma separação criteriosa do comportamento individual de um ou outro militar e o comportamento do conjunto das Forças Armadas. As Forças Armadas, enquanto instituição, o seu mais alto comando e a sua grande maioria não entraram nessa conversa. Porque daqui a pouco vai parecer que as Forças Armadas estavam cogitando participar de um golpe de Estado, e isso não existiu para mim”, ponderou.

    “A CPMI sem dúvida vai ouvir indivíduos que são membros das Forças Armadas que erraram e saíram da sua linha correta de conduta”, finalizou.

    Relação com o governo

    Maia também foi perguntado da relação do União Brasil com o governo Lula. Nesta semana, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, que é do partido, mas pediu sua saída, ganhou uma sobrevida no cargo, mas sua saída deve acontecer em breve. Outro deputado da sigla — Celso Sabino — deve substitui-la. Segundo Maia, os parlamentares da legenda não devem votar com o governo em temas ideológicos, mas apenas em temas “que dizem respeite ao Brasil e a economia”, como ocorreu com o arcabouço fiscal.

    “Eu acho importante a mudança no Ministério do Turismo, porque o Celso Sabino é um deputado que nos representa e a Daniela não está mais no nosso partido. Agora, é preciso entender que estar na base ou não estar na base vai depender muito da natureza do que estamos votando. O União Brasil, em nenhuma hipótese, votará em projetos ideológicos que contrariem aquilo que nós representamos, que é a iniciativa privada e a segurança juridica”, concluiu.

    O programa Os Três Poderes é apresentado pelo editor Ricardo Ferraz, com comentários de Clarissa Oliveira, Robson Bonin e Matheus Leitão.

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