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Premiê indiano: Brasil e Índia não são neutros, mas buscam paz na Ucrânia

Narendra Modi teve reunião bilateral com Lula no Japão durante encontro do G7

Por Da Redação Atualizado em 22 Maio 2023, 08h59 - Publicado em 21 Maio 2023, 15h36
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  • Depois de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Hiroshima, no Japão, durante a cúpula do G7, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi afirmou neste domingo, 21, que Brasil e Índia “não são neutros” em relação à guerra na Ucrânia. Segundo Modi, ambos os países têm interesse na manutenção da paz mundial, posição compartilhada pelo brasileiro, que tenta articular uma coalizão de países fora do eixo Estados Unidos-Europa para negociar uma solução pacífica para o conflito.

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    Assim como o governo brasileiro, as autoridades indianas evitam condenar diretamente a Rússia pelo confronto e priorizam uma posição diplomática mais pragmática em relação ao país presidido por Vladimir Putin. Além de ser uma grande importadora de petróleo e armamentos russos, a Índia é integrante do bloco econômico dos Brics, do qual fazem parte Brasil, Rússia, China e África do Sul.

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    Brasília e Nova Délhi também mantêm relações no âmbito do G20, grupo das 20 maiores economias globais; do G4, que pleiteia uma reforma no Conselho de Segurança da ONU junto com Alemanha e Japão; e do IBAS, fórum de diálogo que inclui ainda a África do Sul.

    A posição de neutralidade adotada por Índia e Brasil é criticada pela Ucrânia, que pede a adesão das potências emergentes às sanções econômicas impostas por Estados Unidos e União Europeia contra a Rússia. Por sua vez, os governos russo e brasileiro têm dado alguns sinais de fortalecimento das relações. No último mês de abril, durante encontro com Lula no Palácio da Alvorada, o chanceler russo Sergei Lavrov afirmou que Brasil e Rússia têm “abordagens semelhantes” em relação ao contexto político internacional e discutiram, entre outras pautas, uma possível parceria no setor de energia nuclear.

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    Durante o G7, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que chegou de surpresa ao encontro, tentou um encontro com Lula para discutir a guerra em seu país, mas isso não ocorreu — segundo os dois governos, por um problema de agenda. Mesmo assim, o líder ucraniano ironizou o fato de a reunião bilateral não ter ocorrido. “Ele (Lula) é quem deve ter se decepcionado”, ironizou o líder ucraniano, sorrindo.

    Frente a frente

    Pouco depois desse encontro, Lula criticou a “violação da integridade territorial da Ucrânia” em discurso feito diante deZelensky, durante reunião de trabalho do G7. “Em linha com a Carta das Nações Unidas, repudiamos veementemente o uso da força como meio de resolver disputas. Condenamos a violação da integridade territorial da Ucrânia”, disse.

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    Reunião do G7, em Hiroshima (Japão)
    Os presidentes do Brasil, Lula, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se sentam frente a frente durante reunião de trabalho do G7, em Hiroshima (Japão) (Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)

    Na mesa em que estavam os sete países integrantes do G7 e convidados, o brasileiro sentou-se entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. À sua frente estava Zelensky, ladeado pelo premiê indiano Narenda Modi e o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol.

    Lula também advertiu para a necessidade de parar o conflito. “Ao mesmo tempo, a cada dia em que os combates prosseguem, aumentam o sofrimento humano, a perda de vidas e a destruição de lares. Tenho repetido quase à exaustão que é preciso falar da paz. Nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo. Precisamos trabalhar para criar o espaço para negociações”, afirmou.

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    Além de criticar a violação territorial da Ucrânia, Lula citou outros conflitos pelo mundo.  “Também não podemos perder de vista que os desafios à paz e à segurança que atualmente afligem o mundo vão muito além da Europa. Israelenses e palestinos, armênios e azéris, cossovares e sérvios precisam de paz. Iemenitas, sírios, líbios e sudaneses, todos merecem viver em paz. Esses conflitos deveriam receber o mesmo grau de mobilização internacional. No Haiti, precisamos agir com rapidez para aliviar o sofrimento de uma população dilacerada pela tragédia”, afirmou.

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