O projeto da Senna Tower, um arranha-céu de 500 metros que está sendo construído em Balneário Camboriú, está gerando preocupações devido aos potenciais prejuízos ambientais e turísticos que a obra pode causar. Um estudo de impacto de vizinhança (EIV) apontou que o edifício vai projetar sombra sobre a praia da cidade, especialmente durante o verão, quando o fluxo de turistas é mais intenso.
A sombra deve afetar uma parte da faixa de areia no final da tarde, entre 14h e 17h, o que pode diminuir a atratividade da praia, um dos principais cartões-postais da cidade. Em 2023, a cidade recebeu 1,5 milhão de turistas, e a preocupação é que a construção prejudique a experiência de lazer dos visitantes.
A construtora FG, responsável pela obra, questiona o impacto. Segundo a empresa, a localização do prédio no bairro Barra Sul ajudaria a reduzir os efeitos da sombra, que, de acordo com a construtora, ocorreria apenas por um curto período de tempo. A FG também contestou o estudo, afirmando que a curva de incidência solar apresentada no EIV não especifica que o arranha-céu causará sombra às 14h.
A Senna Tower, com investimento de R$ 3 bilhões, foi aprovada pela prefeitura em julho de 2024 e será um marco em Balneário Camboriú, que já concentra sete dos dez maiores prédios do Brasil. A cidade, conhecida por seus arranha-céus e pelo metro quadrado mais caro do país, continua a ser um polo de especulação imobiliária.